Mais do que Neymar, o Barcelona levou seus amigos para a cidade espanhola. Gil Cebola, Guilherme, Gustavo, entre outros, passarão de figuras carimbadas em Santos a estrelas catalães. Como diz o ditado, melhor do que ser rei é ser amigo do rei. Está no contrato de Neymar uma cláusula que impõe a ida de uma leva de amigos, a cada dois meses, a Barcelona, com todas as despesas pagas. O empresário Wagner Ribeiro alega cláusula de confidencialidade para evitar o assunto, mas não nega a informação das regalias ao jogador.

No início das negociações, os companheiros do craque sequer entraram na rodada. Mas o interesse do Real Madrid, subindo a proposta financeira e oferecendo jatinho para levar os amigos, fez com que Gil Cebola, com perdão ao trocadilho, não chorasse mais — de saudade — ou obrigasse o jogador a tirar do bolso a viagem. Neymar pôs no papel a obrigatoriedade para o Barcelona levar seus amigos.

Com um empurrão do Real Madrid, mas também com a emoção à flor da pele. O representante do clube espanhol que negociou com o pai de Neymar e o empresário Wagner Ribeiro, na casa da família, no Guarujá, se comoveu com o adeus dos amigos. E dali selou os passaportes da turma.

E na apresentação no Camp Nou, entre os mais de 50 mil presentes, estavam os amigos. Vestiram a camisa do Barça, fizeram os gestos de amizade, posaram para fotos no avião e também com a camisa do novo clube, com o número 11 às costas e a inscrição Tóiss em vez do nome de Neymar — Tóiss significa é nós entre eles.


A união, de fato, marca os amigos. Nenhum deles se arrisca a falar sobre os passos de Neymar para blindá-lo e não perder a confiança. Empresário da dupla Roberta e Santiago, Luiz Gustavo, que esteve entre os que acompanharam o jogador em sua apresentação no Camp Nou, é objetivo por telefone:

— Só posso falar se o pessoal do staff do Neymar deixar — afirma Gustavo.

Namorada de um rapaz do seleto grupo, Julia Valente também se nega a falar.

— Não estamos falando com ninguém.