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Jaime critica falta de infraestrutura logística e classifica política econômica como retrocesso

De Brasília - Vinícius Tavares

A falta de infraestrutura logística no centro-oeste do país é um prato cheio para os parlamentares da bancada federal de Mato Grosso. Desta vez, quem trouxe o assunto à tona - não pela primeira vez, nem certamente pela última - foi o senador Jaime Campos (DEM-MT), que em discurso no Senado nesta quarta-feira (12.6) disparou contra a precariedade das estradas, a falta de ferrovias para o escoamento de grãos em Mato Grosso e escancarou o retrocesso da política econômica do governo.

“A desastrada gestão de investimento em infraestrutura, somada ao nível estratosférico da corrupção comprovada nesta área, é motivo de preocupação e desonra para todos nós brasileiros”, afirmou.

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Citando dados do Movimento Pró-Logística da Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) divulgados durante seminário promovido pela Associação Brasileira do Agronegócio, Jaime classificou o escoamento da produção de grãos em Mato Grosso como o mais caro do mundo. “O setor chegou a pagar 145 dólares por tonelada, para escoar a produção”, afirmou o parlamentar.

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O parlamentar como retrocesso o desempenho do governo da presidente Dilma Rousseff na economia. Segundo o senador, se houver uma comparação entre os índices de 2010 com os de hoje, é possível constatar, “com tristeza e decepção”, que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro do primeiro trimestre “despertou vertiginosamente, de 7,5 para o vergonhoso patamar de 1,2%”.

Quanto a inflação, lembrou, subiu de 5,9 para 6,5%. “Nosso saldo comercial caiu, de 20 para 7,7 bilhões de dólares. A produção industrial medida em abril, que era de 10,5%, registrou crescimento negativo em 1,1%”.

O senador também disparou contra aos investimentos e à poupança e, com relação ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Campos afirmou que o propalado programa convive com o atraso e a estagnação.

“Não hora é puxar o freio de mão e corrigir os rumos da Nação. Ou vamos seguir tateando às cegas, com olhos vendados, insistindo em andar de marcha à ré?”, questionou o senador.
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