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Forte tremor atinge Áquila às vésperas da reunião do G8

Folha Online

Um forte tremor atingiu nesta terça-feira a cidade italiana de Áquila, cenário de um forte terremoto no último dia 6 de abril que deixou 294 mortos, cerca de 10 mil edificações destruídas e milhares de desabrigados. A nova réplica --tremor secundário, geralmente de menor intensidade, que segue um terremoto-- preocupou os organizadores da próxima reunião do G8 (as sete nações mais ricas e a Rússia), marcada para acontecer na cidade italiana entre 8 e 10 de julho próximos.

A réplica, segundo o jornal "Daily Telegraph", foi de magnitude 4,6 e pode ser sentida em Roma, a cerca de 120 km.

A agência de proteção civil de Áquila afirmou que o epicentro do novo tremor foi ao norte de Áquila, escolhida pelo premiê italiano, Silvio Berlusconi, para sediar a reunião em solidariedade pelas vítimas do terremoto.

O jornal afirma ainda que muitos sobreviventes ainda vivem em acampamentos na região, atingida por centenas de réplicas nos últimos dois meses.

Berlusconi prometeu em meados de março que o governo construirá casas para 13 mil vítimas do terremoto. As casas serão construídas em entre 14 e 20 áreas, no campo, um projeto que custará 8,7 bilhões de euros.

Outros 7 bilhões de euros do orçamento serão destinados à construção em geral, um número que o líder italiano considerou "parecido" com o que irá para outro projeto impulsionado pelo governo, a construção de uma ponte no estreito de Messina, entre a Sicília e a Calábria.

Berlusconi disse ainda que, após construídas as casas, os módulos provisórios serão transformados em novos campus universitários, de modo que os estudantes terão verdadeiros apartamentos. Um grande número de vítimas do terremoto foram jovens que estavam na Casa do Estudante, uma espécie de república para jovens universitários em Áquila.

O premiê britânico, Gordon Brown, e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, estão na lista de chefes de Estado que devem comparecer à reunião.
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