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UE e Opep descartam que preço atual do petróleo ameace recuperação econômica

EFE

A UE (União Europeia) e a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) descartaram nesta terça-feira a ideia de que os atuais preços do petróleo --em torno de US$ 70 por barril-- sejam um risco à recuperação da economia mundial.

A posição foi comunicada hoje em Viena pelo comissário de Energia europeu, Andris Piebalgs, e o secretário-geral da Opep, Abdullah el Badri, ao mesmo tempo em que afirmaram esperar que os preços atuais garantam os investimentos no setor.

Badri estimou que "um preço de até US$ 80 [por barril] não oferece perigo para a recuperação da economia mundial".

O presidente rotativo da Opep e ministro do Petróleo angolano, José Maria Botelho de Vasconcelos, qualificou de "confortável" o nível atual dos preços, apesar de defender um leve aumento, até US$ 80 por barril.

Os participantes da reunião concordaram também quanto à necessidade de limitar o impacto da especulação financeira nos preços do petróleo, para que haja menor volatilidade e maior estabilidade nos mercados.

Piebalgs destacou neste contexto a necessidade de melhorar a regulação do setor financeiro.

Os preços do petróleo dobraram desde fevereiro, embora esteja muito abaixo dos recordes alcançados em julho de 2008 (US$ 150 por barril), após uma escalada que, lembrou hoje Badri, nunca ocorreu por falta de oferta, mas claramente devido à especulação no mercado.

"A Opep alertou que havia uma bolha de especulação. Precisamos de alguma regulação [do mercado], não só para o petróleo, mas para todas as matérias-primas", alertou.
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