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Novo coronavírus apresenta letalidade de 65% em estudo dos EUA

G1

O novo coronavírus Mers (sigla para Síndrome Respiratória Coronavírus do Oriente Médio), que surgiu em 2012 na Arábia Saudita, representa um risco importante no meio hospitalar, já que se propaga rapidamente e causa elevada mortalidade, segundo um estudo feito em hospitais sauditas e publicado nos Estados Unidos.

Dos 23 casos estudados em abril em quatro hospitais, 15 pacientes faleceram, o que representa uma mortalidade de 65%, informou o estudo chefiado por Trish Perl, epidemiologista da Escola de Medicina Johns Hopkins (Maryland, leste dos EUA) e publicado nesta quarta-feira (20) na revista "New England Journal of Medicine".

As últimas cifras anunciadas nesta semana pelas autoridades destacaram 49 casos de infecção, inclusive 32 mortos.

Desde o primeiro caso na Arábia Saudita, em abril de 2012, a Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou no mundo 64 casos da síndrome, dos quais 38 pacientes morreram, com uma mortalidade de 59%.

Este vírus pertence à mesma família do causador da Síndrome Respiratório Agudo Grave (Sars), que provocou 800 mortes no mundo em 2003.

"A rápida transmissão entre pessoas nos serviços de diálise traz preocupações sobre o risco de contágio do vírus nos hospitais", informaram os médicos.

Dos 23 casos estudados, 21 foram por transmissão direta pessoa a pessoa.

Sintomas
Os sintomas do Mers similares aos da Sars: as pessoas infectadas começam a ter febre e uma tosse leve que pode persistir durante vários dias antes de virar pneumonia.

Assim como na Sars, alguns pacientes também apresentam sintomas gastrointestinais. E também, assim como a Sars, a incubação média do Mers é de quatro dias, com 95% das pessoas infectadas que desenvolvem sintomas em dez dias, disseram os pesquisadores.

Além da Arábia Saudita, onde se concentra a maioria das infecções, foram registrados casos isolados deste coronavírus no Reino Unido, Itália, Tunísia e França, onde uma pessoa morreu.
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