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Grupo de manifestantes protocola na Câmara carta com reivindicações

G1

Seis dos 30 mil manifestantes que participaram na quinta (20) de ato de protesto no gramado do Congresso Nacional protocolaram nesta sexta-feira (21) uma carta com uma pauta de reivindicações na Câmara dos Deputados.

O documento, elaborado a mão durante a manifestação, reivindica, por exemplo, a criação de uma CPI para investigar as suspeitas de superfaturamento das obras da Copa do Mundo e a retirada de Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado. Ao todo, o grupo faz 13 pedidos aos deputados federais.

Uma das críticas que os manifestantes receberam é que não tinham uma pauta específica de reivindicações nem lideranças com as quais os governos pudessem dialogar.

Depois de entregar a carta à Comissão de Legislação Participativa, os manifestantes foram recebidos pelo diretor-geral da Casa, Sérgio Sampaio. O encontro a portas fechadas durou cerca de uma hora.
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Segundo o analista de sistemas Cleay Zeballos, 40 anos, o grupo não representa os demais manifestantes que lotaram a área do gramado do Congresso.

“Estamos, como manifestantes, exercendo o nosso direito dentro de uma democracia. Viemos fazer a coisa certa, que não é vandalizar, e sim protocolar nossa carta de reivindicação que foi feita no momento da manifestação, para depois não sermos acusados de não ter foco na nossa luta”, ressaltou.

Zeballos relatou que o diretor-geral da Câmara se comprometeu a enviar os pedidos aos parlamentares. Ele disse que o objetivo do documento é chamar a atenção dos governantes para os anseios da população.

Um dos trechos da carta afirma que os congressistas têm de pensar no “coletivo e no bem estar geral da nação”. “Pois ela precisa de vocês, assim como vocês precisam do nosso voto”, adverte o documento.

Além da instauração da CPI e da destituição de Renan Calheiros, os seis reivindicaram que os parlamentares não aprovem duas Propostas de Emenda à Constituição que estão tramitando no parlamento. Uma delas, a PEC 33, impõe limites ao poder do Supremo Tribunal Federal. Já a PEC 37 impede que o Ministério Público promova investigações criminais por conta própria.

Outro ponto polêmico da carta é o pedido de cassação e prisão dos políticos condenados no julgamento do processo do mensalão. Um outro trecho sugere que a prática de corrupção passe a ser considerada crime hediondo. Veja abaixo a reprodução da carta.
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