Imprimir

Notícias / Brasil

Manifestantes acampam em frente à casa do governador Sérgio Cabral

G1

 Após negociações com a Polícia Militar, os manifestantes que desde a noite da sexta-feira ocupavam a Avenida Delfim Moreira, na altura da Rua Aristídes Espíndola, próximo à casa do governador Sérgio Cabral, liberaram meia pista da via para a passagem dos veículos. O grupo, no entanto, continua no local e a polícia se comprometeu a fechar novamente o tráfego caso o movimento continue crescendo.

Pelo menos 40 pessoas estão reunidas na altura da casa do governador, que não está em casa. Moradores da região que passam pelo local param e se juntam ao grupo. Um deles foi o comediante Hélio de la Peña:
- Acho importante manter as manifestações no campo político e não policial. O povo está de saco cheio, quer ações concretas e não promessas em época de campanha - diz.

O ato é pacífico. A Tropa de Choque chegou a ser patrulhar o local no início da manhã, mas por volta das 9h30 eles saíram para evitar clima de tensão. Os manifestantes que chegam são orientados pelos outros a manter o clima de paz.
- Estamos juntos com os PMs há mais de 12 horas num clima totalmente pacífico - diz o publicitário Zeca Richa.

O ator Pedro Casarin diz que ocupar um dos metros quadrados mais caros do mundo é um ato simbólico.
- Estamos protestando pacificamente para que o Cabral explique coisas como os gastos com a obras do Maracanã e as relações com a Construtora Delta. Esperamos que ele venha aqui e conversa conosco - diz.

Também ator, Vinícius Fragoso ressalta o que o grupo não contra a Copa do Mundo, mas quer que todos os gastos públicos com o evento sejam divulgados para a população. - Deixamos o conforto das nossas casas para estar aqui e lutar - afirma.

No Facebook, na página do evento intitulado "Ocupe Delfim Moreira", o grupo diz que pretende permanecer na via até segunda-feira, às 6h. Cerca de 500 pessoas haviam confirmado presença no ato até a manhã deste sábado e a previsão é de que se juntem ao grupo durante o dia. De acordo com a PM, a manifestação segue sem incidentes. De acordo com os manifestantes, está marcado um ato para a parte da tarde no Largo do Machado. Em seguida, esses manifestantes seguirão para a Delfim Moreira.

O protesto no Leblon começou no início da noite da sexta-feira. Centenas de pessoas caminharam cerca de seis quilômetros, a partir da estação de metrô da General Osório, pela Avenida Vieira Souto. Apesar do temor dos comerciantes, que fecharam as lojas mais cedo, o grupo seguiu pacificamente pela orla. Entre as reivindicações estavam melhorias na saúde e na educação pública.
Eles seguiram até a esquina da Rua Aristides Espínola, no Leblon, onde mora o governador Sérgio Cabral. Uma barreira formada por policias impediu que o protesto chegasse à portaria do imóvel onde ele vive com a família. Por volta das 22h, o grupo ficou reduzido a cerca de 20 pessoas, que ainda ocupavam a Avenida Delfim Moreira, no sentido São Conrado.
Imprimir