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Associação dos delegados da PF cobra de CPI apuração de violação de segredo de Justiça

ABr

A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) divulgou hoje (10) nota manifestando seu inconformismo com a informação de que jornalistas da revista Veja possam ter tido acesso ao material apreendido pela Polícia Federal para investigar os procedimentos do delegado de polícia federal Protógenes Queiroz durante a Operação Satiagraha.

A entidade afirma na nota que “não é aceitável que segmentos da mídia nacional se esforcem tanto em apurar os procedimentos do delegado de Polícia Federal Protógenes Queiroz sem dedicar, ao menos, igual esforço para a apuração dos fatos principais da Operação Satiagraha, envolvendo o empresário Daniel Dantas.”

A nota diz ainda que a matéria publicada pela revista Veja coincide com a apresentação do relatório da CPI das Escutas Telefônicas Clandestinas e tem como objetivo “forçar uma prorrogação” da comissão e também de fazer “indiciamentos até então não propostos” no relatório final.

A ADPF também reafirmou a necessidade de se investigar tudo e todos os envolvidos na Operação Satiagraha e também defendeu que a CPI das Escutas Telefônicas investigue o que considerou uma violação de segredo de Justiça, isto é, a possibilidade de os repórteres da revista Veja terem tido acesso ao material da investigação sobre Protógenes.

No último fim de semana, a revista Veja publicou uma reportagem afirmando que Protógenes Queiroz usou métodos ilegais durante a Operação Satiagraha. Ele comandou as investigações da operação que prendeu, entre outras pessoas, o banqueiro Daniel Dantas, acusado de crimes financeiros.
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