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Somos a organização internacional mais transparente do mundo, diz Valcke

Terra

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, falou, na manhã desta segunda-feira, no Rio de Janeiro, sobre os problemas que atingiram o Brasil nas últimas semanas, referindo-se à onda de protestos contra os gastos para a Copa do Mundo de 2014 e o aumento das tarifas no transporte público. Sobre os investimentos da Fifa no País, Valcke defendeu a entidade máxima do futebol e diz ser uma organização sem fins lucrativos.

“Não sei porque é tão difícil compreender como trabalhamos. A Fifa vendeu os direitos comerciais da Copa do Mundo por US$ 4 bilhões. Há mais 19 campeonatos mundiais de outras categorias. Gastamos de US$ 1,4 milhões a US$ 1,5 milhões na Copa do Brasil e ainda temos que ajudar federações em todo o mundo”, afirmou. “São custos que a Fifa que financia. Somos uma organização sem fins lucrativos e temos que investir muito no futebol. Gastamos mais de US$ 350 milhões em outros torneios em todo mundo. Investimos muito dinheiro na organização. Somos a organização internacional mais transparente do mundo”, completou.

​Para isso, Valcke afirmou que a entidade bsucará ajudar ainda mais o Brasil pensando na Copa de 2014. “A Fifa pode sempre fazer mais quando está no país-sede da Copa. E vamos tentar fazer mais até a Copa do Mundo. Estamos aqui sentados tentando explicar as coisas boas que estamos fazendo. Temos muitos programas até a Copa do Mundo e, claro, é uma questão de mais comunicação”.

Para o secretário-geral da Fifa os acontecimentos e manifestações em todo País, principalmente em jogos da Copa das Confederações, ajudarão o Brasil a melhorar sua segurança para o Mundial do ano que vem.

“A segurança compete ao país organizador. Os aprendizados da Copa das Confederações vão ajudar para a Copa do Mundo e a segurança vai ser um deles. Queremos segurança para todos. O Brasil fez um trabalho incansável para organizar a Copa das Confederações e temos que estar prontos para que 2014 as coisas melhorem. Haverá mais gente, temos que receber melhor as pessoas”, disse.

O ministro do Esporte Aldo Rebelo também participou da entrevista e afirmou que os rumores de que a Copa de 2014 poderia ser cancelada no Brasil por conta dos inúmeros protestos pelo País fizeram com que outras nações se “movimentassem” por uma possível candidatura.

​De acordo com ele, Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha e Japão foram os países que se dispuseram a receber a maior competição de futebol do mundo. "A Copa é importante para um país ser percebido como projeto civilizatório", afirmou o ministro dos Esportes.
Manifestantes queimam pneus em protesto em FortalezaClique no link para iniciar o vídeo Manifestantes queimam pneus em protesto em Fortaleza

Valcke comparou a Seleção Brasileira às críticas que o País vem recebendo como sede dos jogos. "Antes de começar a Copa todo mundo questionava Neymar, Scolari. E depois do jogo contra a França todo mundo teve certeza de que o Brasil poderia chegar à final. O mesmo fizemos com os estádios da Copa das Confederações. Ás vezes se entregam coisas de ultima hora, mas o trabalho de todos é incrível. E não testamos com 20 pessoas, mais de 80% do aforo total", afirmou

Quando Rebelo foi questionado sobre o motivo de as empreiteiras não pegaram empréstimos em bancos particulares para construir estádios, Rebelo afirmou que possivelmente o motivo foi que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDS) tinha “condições mais favoráveis”.

“Não perguntei a quem pegou empréstimo ao BNDES porque não pegaram em bancos privados. Imagino que os empréstimos do BNDES sejam em condições mais favoráveis. O BNDES existe para empréstimos de questões como essas e nesse caso para modernização de estruturas esportivas brasileiras”, afirmou o político.
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