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Autuori, campeão com o Cruzeiro, cruza destino com Adílson, herói do Grêmio

GloboEsporte

Em 1995, doeria no coração do torcedor gremista saber que teria Adílson Batista como adversário 14 anos depois. Em 1997, os cruzeirenses não acreditariam que veriam Paulo Autuori no comando de um oponente em plena semifinal de Libertadores da América. Os treinadores de Grêmio e Cruzeiro vão para o jogão desta noite em uma situação inusitada: eles são mais idolatrados no adversário do que no próprio clube.

Autuori acabou de chegar ao Grêmio. Para fazer história, precisa ganhar a Libertadores, como fez justamente com o Cruzeiro em 97. Adílson, ainda em processo de conquista da torcida celeste, é herói no clube gaúcho. Também conquistou a principal competição continental, mas como jogador, em 1995. Era o dono da braçadeira. Foi e continua sendo o Capitão América para os torcedores do time tricolor.

De destinos cruzados, os dois treinadores quase trabalharam juntos. Foi em 1997, quando Autuori treinava o Benfica, de Portugal. Adílson, de saída do Grêmio, esteve acertado com o clube lusitano, mas acabou indo para o Jubilo Iwata, do Japão.

- Adílson teve uma passagem muito legal comigo. Assumi como técnico do Benfica e o indiquei para o clube. Ficou tudo muito bem encaminhado, mas depois ele optou pelo futebol japonês. Com o caráter que tem, ele falou com os dirigentes e resolveu tudo de maneira elegante. O respeito e a admiração existem. Conversei com ele no Japão. Eu fico muito feliz com essa nova safra de técnicos. É bom sair dessa mesmice. E o Adílson é um deles. Ele está solidificado - afirmou Autuori.

O treinador do Grêmio trata com naturalidade o encontro com o ex-clube como adversário. E observa que não é hora de sentimentalismos.

- É a vida. Ele está contra o Grêmio agora. É o Capitão América, certo? Eu passei pelo Cruzeiro e pude ajudar naquela conquista. Cada um vai lutar por seu objetivo - comentou Autuori.

O mesmo vale para Adílson. Ele sabe que é idolatrado no Olímpico, mas coloca o Cruzeiro acima de tudo no momento.

- Tenho respeito e carinho (pelo Grêmio), mas tenho meus objetivos de vida. Também adoro o Cruzeiro e o objetivo é a conquista. Vamos trabalhar para vencer as dificuldades que nós teremos no jogo – comentou o treinador da Raposa.

O Grêmio de Paulo Autuori visita o Cruzeiro de Adílson Batista às 21h50m desta quarta-feira, no Mineirão. O jogo da volta, valendo vaga na final da Libertadores, é na quinta-feira da semana que vem, no Olímpico.
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