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Invicto em casa há 38 anos, Brasil quer mostrar os defeitos espanhóis

globo.com

Seleção defende contra a Espanha, às 19h, no Maracanã, 38 anos de invencibilidade em jogos oficiais no país. E o grupo confia em manter a escrita. Sobram motivos: o apoio da torcida, a energia das manifestações por um país melhor, a proximidade da Copa 2014 e a comprovação de que, no duelo do jogo bonito, a Seleção continua referência.

“Acho que o mundo inteiro, juntando os jogadores, queria uma partida desta. O que tem que fazer é jogar futebol. Não pode ter medo de nada. A Espanha é uma grande equipe, a melhor do mundo hoje, mas nós aqui temos grandes jogadores. O respeito é grande, admiração também, mas dentro de campo nosso futebol é bonito e a gente confia muito um no outro para sair vencedor”, garante o camisa 10 Neymar, favorito ao prêmio de craque das Confederações.

“Imagino o Brasil fazendo um monte de gols e não tomando nenhum”, brinca, provocado a imaginar um placar. “0x0 nunca, pô! São dois estilos parecidos por gostar de jogar. A Espanha, como o Brasil, não fica muito atrás, sai pro jogo e gosta de atacar. Vai ser uma das melhores partidas da história. A gente sabe que pode cravar nosso nome na história do futebol brasileiro. É coração e não existe cansaço numa final. Vai até o seu limite, usa a inteligência. Tem que suar, correr, se doar o jogo inteiro. Mesma garra, força, ousadia para ir pra cima do adversário”, pede Neymar.

O retrospecto do Brasil no período invicto, seja por Copa América, eliminatórias ou torneios contra times sul-americanos, aponta 63 jogos sem perder: 45 vitórias e 18 empates. A última derrota foi para o Peru, de Teófilo Cubillas, por 3x1, no Mineirão. Nenhum jogador em campo na final de hoje era nascido naquele dia 30 de setembro de 1975.

“Fizemos três jogos muito bons, um mais ou menos e tá faltando o extraordinário. Vamos rezar que ele apareça”, torce o lateral Daniel Alves. “Para ser um grande campeão, você tem que pensar que é o melhor. Se não for o melhor, faz de conta que é o melhor. Senão já tá 2x0 para eles. Futebol é jogado e lambari é pescado”, filosofa o baiano, confiante nas dicas de Felipão, técnico que busca o 19º título em 30 anos de carreira.

E com os vencedores, conta Daniel: “O final geralmente é sempre feliz. Se não for agora, é porque não era o final. O final tá lá na frente”, diz o campeão de tudo pelo Barcelona, projetando a Copa 2014.

De acordo com Marcelo, a Espanha também entra pressionada pela história da camisa amarela. “Eu, particularmente, quando converso com algum espanhol do Real Madrid, tem um respeito, falam da canarinha, do samba. Tem cinco títulos mundiais e não é à toa. Eu não acho que a gente tem que dar uma resposta. A gente não tá brigado com o mundo. A gente tá querendo botar a Seleção no lugar que ela merece: lá em cima. O título é importante a nos levar um pouquinho mais pra cima”, afirma.

Para Neymar, todos os jogadores sabem da importância de cada um. Hoje é mais uma – e enorme – chance de mostrar a cara do futebol e da torcida brasileira. “Todos os jogadores que estão aqui são ídolos e espelhos para muitas crianças, adultos, jovens, idosos. A gente tem que passar o que a gente é de verdade. A gente é feliz, amigo, brincalhão. É isso que o brasileiro é e contagia todo mundo. A alegria que tem nesse grupo contagiou a torcida toda. Por isso a gente conseguiu trazer a torcida de volta”. E que essa alegria continue pela noite Brasil adentro.

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