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'Raspando', Fortaleza é aprovada em evento-teste, mas peca em detalhes
Globo Esporte
A Copa das Confederações acabou e o Brasil conquistou o tetracampeonato jogando um futebol de gente grande contra a Espanha, no domingo (30), ao vencer por 3 a 0. Fortaleza recebeu três jogos e desempenhou um papel importante como cidade-sede. Encerrado o período de competições, para avaliar a execução das atividades, o GLOBOESPORTE.COM/CE conversou com cinco jornalistas cearenses de diferentes veículos que trabalharam na cobertura do evento para saber se a Capital cearense foi aprovada no evento-teste da Fifa.
Os jornalistas Alessandro Torres (TV Verdes Mares), André Victor (O Povo), Fernando Graziani (TV Jangadeiro), Ícaro Joathan (Diário do Nordeste) e Thaís Jorge (GLOBOESPORTE.COM/CE) elencaram pontos positivos e negativos da competição e avaliaram com notas de 0 a 10 o desempenho de Fortaleza. Resultado final: média 7,3. Fortaleza passa de ano 'raspando' e se credencia para a Copa do Mundo, mas sabendo que ainda há o que melhorar para passar 2014 com tranquilidade.
Filas, desinformação e falta de sinal
Dentre os pontos negativos, foram lembrados vários serviços oferecidos dentro do próprio Estádio. As filas imensas formadas nas lanchonetes e o serviço de informação fornecido pelos voluntários foram considerados ruins pelos jornalistas.
- Não por culpa deles, mas mais pela própria Fifa. Eles não tiveram um trabalho muito bom. Embora tenham feito um treinamento de dois meses, não foi suficiente para que percebessem o tamanho da responsabilidade que tinham dentro da Copa - afirmou André Victor, do jornal O Povo.
- Conversei com gente que passou mais de 45 minutos nas filas das lanchonetes. Ou seja, dava para perder um tempo inteiro de jogo - completou Ícaro Joathan, do Diário do Nordeste.
O percurso feito pelos torcedores até o Castelão também não foi considerado adequado. A distância percorrida, que chega a quase dois quilômetros, o calor intenso e a falta de atrativos para tornar a caminhada prazerosa também foram apontados como aspectos negativos. Os serviços de telecomunicações também foram lembrados pela pouca funcionalidade.
Mobilidade urbana
Sobre as obras de mobilidade urbana, houve divergências entre os profissionais. Mesmo que não tenham sido entregues 100% concluídas, foram consideradas funcionais por três, dos cinco jornalistas. Mesmo com alguns detalhes a serem ajustados, o público conseguiu chegar ao entorno do Castelão, usar os bolsões de estacionamento e alcançar os pontos iniciais da caminhada até o Castelão. O ponto é positivo, mas com ressalvas.
- A mobilidade urbana funcionou somente por conta do feriado. E funcionou porque o bloqueio foi feito a dois quilômetros do Castelão. Caso contrário, teria sido muito difícil chegar ao estádio - pontuou Fernando Graziani, da TV Jangadeiro.
Reaproximação da Seleção e as manifestações em Fortaleza
Outro aspecto importante, que vai além das obras, foi que a Seleção Brasileira conseguiu se reaproximar da torcida, aspecto positivo para os jornalistas. O jogo-treino contra o Sub-20 do Ceará e o fato de Felipão abrir os portões nos momentos finais do treino no Estádio Presidente Vargas, foram considerados bons. Para Thaís Jorge, do GLOBOESPORTE.COM/CE, este foi um prenúncio do que ocorreria no jogo contra o México.
- Torcedores que foram ao Presidente Vargas e foram liberados para assistir ao treino, em uma completa aproximação com os jogadores. Era o prenúncio do que ocorreria no dia do jogo, no momento do Hino Nacional. Acho que foi quando se consolidou essa torcida brasileira por todo o País, porque as demais capitais acabaram entrando no ritmo - afirmou.
Os jornalistas também comentaram as manifestações que ocorreram no entorno do Estádio, nos dias dos jogos (veja vídeo acima de protesto no dia de Espanha x Itália). A maioria valorizou o movimento pacífico, mas condenou atos de vandalismo contra o patrimônio público.
- O Brasil acordar, como muita gente falou, é algo muito importante. Acho que o momento foi oportuno. Era a hora que o mundo olhava para o Brasil. E ter o posicionamento dos jogadores sobre o assunto também é algo que reaproxima a Seleção do povo - explicou André Victor.
Em relação à organização da cobertura pela Fifa, Alessandro Torres, da TV Verdes Mares, pontuou que foi tudo saiu a contento.
- Desde o credenciamento da imprensa até o acesso às seleções, o que foi coordenado pela Fifa foi bem feito. O perímetro estava bem organizado, o que facilitava o deslocamento dos torcedores - declarou.
Para 2014
Por fim, falando especificamente do futebol, a Seleção Brasileira chegará como uma das favoritas para a Copa do Mundo, ano que vem. Pelo menos foi o afirmado pelos cinco jornalistas. Para todos, Felipão conseguiu dar identidade ao time, objetivo que não foi alcançado por Mano Menezes.
- Felipão conseguiu montar um time base, onde a gente já sabe a escalação. O título é importante para dar confiança. Mas não tem nada ganho. Tem que ter cuidado com o oba-oba até ano que vem - explicou Ícaro.
Por fim, a nota 7 para Fortaleza como cidade-sede da Copa das Confederações prevaleceu para três dos cinco jornalistas. Um 7,5 e um 8 completaram a lista, resultado em uma média 7,3. Sinal de que ainda há muito para ser feito até 2014. Passamos de ano, mas por pouco não reprovamos.
Os jornalistas Alessandro Torres (TV Verdes Mares), André Victor (O Povo), Fernando Graziani (TV Jangadeiro), Ícaro Joathan (Diário do Nordeste) e Thaís Jorge (GLOBOESPORTE.COM/CE) elencaram pontos positivos e negativos da competição e avaliaram com notas de 0 a 10 o desempenho de Fortaleza. Resultado final: média 7,3. Fortaleza passa de ano 'raspando' e se credencia para a Copa do Mundo, mas sabendo que ainda há o que melhorar para passar 2014 com tranquilidade.
Filas, desinformação e falta de sinal
Dentre os pontos negativos, foram lembrados vários serviços oferecidos dentro do próprio Estádio. As filas imensas formadas nas lanchonetes e o serviço de informação fornecido pelos voluntários foram considerados ruins pelos jornalistas.
- Não por culpa deles, mas mais pela própria Fifa. Eles não tiveram um trabalho muito bom. Embora tenham feito um treinamento de dois meses, não foi suficiente para que percebessem o tamanho da responsabilidade que tinham dentro da Copa - afirmou André Victor, do jornal O Povo.
- Conversei com gente que passou mais de 45 minutos nas filas das lanchonetes. Ou seja, dava para perder um tempo inteiro de jogo - completou Ícaro Joathan, do Diário do Nordeste.
O percurso feito pelos torcedores até o Castelão também não foi considerado adequado. A distância percorrida, que chega a quase dois quilômetros, o calor intenso e a falta de atrativos para tornar a caminhada prazerosa também foram apontados como aspectos negativos. Os serviços de telecomunicações também foram lembrados pela pouca funcionalidade.
Mobilidade urbana
Sobre as obras de mobilidade urbana, houve divergências entre os profissionais. Mesmo que não tenham sido entregues 100% concluídas, foram consideradas funcionais por três, dos cinco jornalistas. Mesmo com alguns detalhes a serem ajustados, o público conseguiu chegar ao entorno do Castelão, usar os bolsões de estacionamento e alcançar os pontos iniciais da caminhada até o Castelão. O ponto é positivo, mas com ressalvas.
- A mobilidade urbana funcionou somente por conta do feriado. E funcionou porque o bloqueio foi feito a dois quilômetros do Castelão. Caso contrário, teria sido muito difícil chegar ao estádio - pontuou Fernando Graziani, da TV Jangadeiro.
Reaproximação da Seleção e as manifestações em Fortaleza
Outro aspecto importante, que vai além das obras, foi que a Seleção Brasileira conseguiu se reaproximar da torcida, aspecto positivo para os jornalistas. O jogo-treino contra o Sub-20 do Ceará e o fato de Felipão abrir os portões nos momentos finais do treino no Estádio Presidente Vargas, foram considerados bons. Para Thaís Jorge, do GLOBOESPORTE.COM/CE, este foi um prenúncio do que ocorreria no jogo contra o México.
- Torcedores que foram ao Presidente Vargas e foram liberados para assistir ao treino, em uma completa aproximação com os jogadores. Era o prenúncio do que ocorreria no dia do jogo, no momento do Hino Nacional. Acho que foi quando se consolidou essa torcida brasileira por todo o País, porque as demais capitais acabaram entrando no ritmo - afirmou.
Os jornalistas também comentaram as manifestações que ocorreram no entorno do Estádio, nos dias dos jogos (veja vídeo acima de protesto no dia de Espanha x Itália). A maioria valorizou o movimento pacífico, mas condenou atos de vandalismo contra o patrimônio público.
- O Brasil acordar, como muita gente falou, é algo muito importante. Acho que o momento foi oportuno. Era a hora que o mundo olhava para o Brasil. E ter o posicionamento dos jogadores sobre o assunto também é algo que reaproxima a Seleção do povo - explicou André Victor.
Em relação à organização da cobertura pela Fifa, Alessandro Torres, da TV Verdes Mares, pontuou que foi tudo saiu a contento.
- Desde o credenciamento da imprensa até o acesso às seleções, o que foi coordenado pela Fifa foi bem feito. O perímetro estava bem organizado, o que facilitava o deslocamento dos torcedores - declarou.
Para 2014
Por fim, falando especificamente do futebol, a Seleção Brasileira chegará como uma das favoritas para a Copa do Mundo, ano que vem. Pelo menos foi o afirmado pelos cinco jornalistas. Para todos, Felipão conseguiu dar identidade ao time, objetivo que não foi alcançado por Mano Menezes.
- Felipão conseguiu montar um time base, onde a gente já sabe a escalação. O título é importante para dar confiança. Mas não tem nada ganho. Tem que ter cuidado com o oba-oba até ano que vem - explicou Ícaro.
Por fim, a nota 7 para Fortaleza como cidade-sede da Copa das Confederações prevaleceu para três dos cinco jornalistas. Um 7,5 e um 8 completaram a lista, resultado em uma média 7,3. Sinal de que ainda há muito para ser feito até 2014. Passamos de ano, mas por pouco não reprovamos.