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Panorama: estádios suportam bem testes, mas ficam lições para 2014

Globo Esporte

Dentro de campo, a Copa das Confederações serviu para Luiz Felipe Scolari fazer testes, identificar falhas e amadurecer a seleção brasileira para a disputa da Copa do Mundo do ano que vem. Fora das quatro linhas, a competição também funcionou como oportunidade para avaliar o nível dos estádios brasileiros na preparação para 2014. As seis arenas utilizadas suportaram bem as 16 partidas do torneio, sem registro de muitos problemas graves de estrutura ou operação. No entanto, ficou claro que há ajustes a serem feitos nos próximos 12 meses e lições para as outras seis arenas que ainda estão em construção.

- O que vimos nos seis estádios é que um determinado número de coisas não funcionou... A coisa boa é que a Copa das Confederações deu muitos ensinamentos, não para a Fifa, porque sabemos como é organizar uma Copa do Mundo, mas o governo e o Comitê Organizador Local entenderam todos esses problemas que você potencialmente terá de enfrentar em um novo estádio - avaliou o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM na última semana.
O que vimos nos seis estádios é que um determinado número de coisas não funcionou"
Jérôme Valcke
Secretário-geral da Fifa

A beleza e o conforto foram os principais pontos positivos dos novos estádios. Entrada e saída do público, em geral, também agradaram, apesar do rigoroso sistema de revista exigido pela Fifa no acesso. No entanto, um problema que incomodou bastante os torcedores durante a Copa das Confederações foi a ineficiência dos bares e lanchonetes. Em todas as arenas houve reclamação por causa de filas, bebida quente, e até mesmo falta de alimento em alguns pontos de venda.

- Que falta de estrutura é essa? Será que eles pensaram que as pessoas não iriam beber por causa do preço (R$ 8 o copo)? Será que eles esqueceram como é vender cerveja no estádio? Se os próprios funcionários estão reclamando da falta de estrutura para trabalhar, imagina os torcedores - reclamou o torcedor Gláucio Rocha durante a partida entre Brasil e Uruguai, no Mineirão.

Outro problema que gerou reclamação de torcedores foi o acesso ao perímetro dos estádios, principalmente no jogo entre Uruguai e Espanha, na Arena Pernambuco, quando milhares sofreram com superlotação no transporte público e falta de informação. Situação que foi amenizada nas duas partidas seguintes após o governo do Recife anunciar reforço nas linhas de ônibus para o estádio.

Desde o dia 1º de outubro de 2011, o GLOBOESPORTE.COM publica no início do mês um panorama com o andamento das obras nos estádios da Copa do Mundo de 2014, segundo dados divulgados por cada cidade-sede. Neste mês de julho, o levantamento traz também alguns pontos positivos e negativos identificados nos seis estádios que já foram utilizados na Copa das Confederações.
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