O senador Jaime Campos (DEM-MT) fez duras críticas ao que considera o “esfacelamento” da saúde pública em Mato Grosso. Em discurso no plenário no Senado, nesta terça-feira (2.7), Jaime lamentou o fechamento da farmácia popular da Secretaria Estadual de Saúde e lembrou que profissionais terceirizados em estão em greve e sem receber salários há três meses.
A dívida do governo estadual com a Organização Social da Saúde (OSS) que conduz a saúde chega a R$ 3,6 milhões. A farmácia atende quase mil pacientes por mês, sendo que 400 deixaram de ser atendidos na última semana, mesmo aqueles que dispunham de ordem judicial.
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O parlamentar citou ainda a investigação sobre a “desova” de centenas de caixas de medicamentos vencidos encontrados na farmácia popular que deixaram de ser entregues à população.
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“Mais de 100 medicamentos estão em falta na farmácia, e muitos desses remédios podem significar a diferença entre a vida e a morte. Há gente morrendo por falta de remédio, enquanto a Secretaria de Saúde é obrigada a atear fogo em milhões e milhões de reais por pura falta de gestão”, denunciou.
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Jaime Campos observou que um país se constrói com investimentos, “e não com jogo de bola”. E ao contrário do que disse o ex-jogador e empresário Ronaldo Nazário, o senador reiterou que o Brasil não precisa somente de estádios para sediar uma Copa do Mundo. “O país não precisa de mais troféus, mas de uma geração de brasileiros saudáveis e conscientes de seu papel de cidadão”, concluiu.
Em aparte, o senador Pedro Taques (PDT-MT) disse que há “desgoverno e incompetência” na área da saúde devido ao aparelhamento do estado por partidos políticos.