O novo superintendente da Polícia Federal em Mato Grosso, delegado Elzio Vicente da Silva, garantiu que o foco de seus trabalhos será voltado par a fronteira que o estado faz com a Bolívia. O recém-empossado também comentou sobre o serviço de inteligência, que deve ser ampliado nos próximos meses, com a chamada de novos concursados.
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“Sabemos que por terra a entrada de drogas é muito grande por aqui (Mato Grosso) devido aos mais de 750km de fronteira seca. Vamos trabalhar juntamente com o Gefron para inibir o tráfico em aviões. Temos que trabalhar em união para dar um basta nesta modalidade aqui praticada”, disse o delegado durante seu discurso.
Elzio Vicente da Silva colocou o trabalho contra o tráfico de entorpecentes como o principal objetivo, mas também lembrou que a superintendência precisa fazer inspeções administrativas em todas as delegacias do estado e ampliar o controle de armas e químicos dentro das unidades.
“Em trabalhos de grande porte, conhecido como operações, vamos atuar com as forças nacionais. O tamanho do estado facilita a atuação do bandido, mas se fecharmos todas as brechas iremos ter um papel importante na vida das pessoas. Evitando que a droga ultrapasse a fronteira e chegue até a boca de fumo”, garantiu o Vicente.
O novo superintendente da Polícia Federal assume a vaga de Cesar Augusto Martinez, que assumirá a Coordenadoria Geral da Defesa Institucional, em Brasília. Elzio Vicente ingressou em 2002 como delegado da Polícia Federal em Goiânia e em 2010 assumiu a Polícia Federal do Tocantins, onde permaneceu até o mês de junho deste ano, quando veio transferido para Mato Grosso.
O diretor geral da PF em Mato Grosso, Leandro Daiello, explicou que esse rodízio de superintendente e delegados acontece para que os policiais não acabe tendo vínculo com ninguém. “A vida do policial é difícil. A família precisa entender e ser paciente. Pois de verdade damos a vida para combater o crime e esses rodízios acontecem até mesmo para evitar falcatruas e vínculos com detidos e operações”, disse o diretor.