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Gasto de turista brasileiro no exterior é o maior desde setembro

Folha Online

Os gastos de turistas brasileiros no exterior em junho somam US$ 786 milhões, segundo dados parciais do Banco Central coletados até esta quarta-feira (24). É o quarto mês seguido de crescimento nesse indicador e o melhor resultado desde setembro, antes da disparada do dólar provocada pela crise internacional de crédito.

O BC também divulgou o dado acumulado entre janeiro e maio. Foram gastos US$ 3,5 bilhões, ainda abaixo dos US$ 4,5 bilhões verificados no mesmo período de 2008.

Entre maio e setembro do ano passado, quando o dólar estava próximo de R$ 1,60, os gastos chegaram a ultrapassar o patamar recorde de US$ 1 bilhão. A alta do dólar e a piora na crise econômica, no entanto, afetaram os resultados.

Agora, com a volta do dólar ao patamar de R$ 2,00 e a estabilização na renda do brasileiro, o BC espera um aumento desses gastos.

"Você tem um pouco mais de gastos em relação ao que nós vínhamos observando. Mas em relação ao ano passado isso continua abaixo", disse o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes.

Os gastos de estrangeiros no Brasil caíram menos, de US$ 2,5 bilhões para US$ 2,2 bilhões.

Previsão

O BC aumentou a previsão do déficit na conta de viagens internacionais neste ano de US$ 2,5 bilhões para US$ 3 bilhões. O número representa a diferença entre os gastos dos brasileiros fora do país e dos estrangeiros que visitam o Brasil. Um déficit significa gasto maior por parte dos brasileiros. No ano passado, o déficit foi de US$ 5 bilhões.

A conta das viagens internacionais é parte do relatório do BC sobre o setor externo. Elas fazem parte do balanço de pagamento, que computam os investimentos estrangeiros no país (no setor produtivo e no mercado financeiro) e as transações correntes (comércio, serviços e rendas).

Dentro das transações correntes está a conta de serviços e rendas, que inclui os gastos dos turistas estrangeiros no Brasil e as despesas dos brasileiros no exterior.

Esses valores não consideram as despesas com passagens aéreas, que não são computadas pelo BC nessa conta (entram junto com os gastos com fretes).
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