Imprimir

Notícias / Brasil

Cabral diz que alguns manifestantes tinham 'interesse de conflito'

G1

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, enviou uma nota nesta sexta-feira (5) sobre a manifestação na porta da sua casa, na Rua Aristides Espínola, no Leblon, na Zona Sul, na quinta-feira (4). Ele lamenta que entre os manifestantes, "tivesse gente jogando pedra com interesse de conflito".

Cabral frisou ainda que a " PM esteve presente e se comportou de forma pacífica para garantir a manifestação e, somente agiu, depois que as agressões se tornaram insustentáveis, sob risco de depredação de portarias, prédios, automóveis, e risco de pedradas em pessoas, por parte daqueles que estavam dentro da manifestação com esse intuito”, concluiu na nota.

Por volta das 7h, sete carros da PM - sendo três do Batalhão de Choque e quatro do 23º BPM (Leblon) - faziam o patrulhamento na região e estavam na rua onde mora o governador. As patrulhas da PM também estavam na Rua Rita Ludolf e na Rua Rainha Guilhermina.

Um protesto na frente da casa do governador do Rio de Janeiro terminou em confronto com a polícia na noite desta quinta. Apesar do tumulto, na manhã desta sexta, o G1 percorreu ruas da região e não identificou rastros de depredações ou destruição na Rua Delfim Moreira nem no calçadão do Leblon. Às 7h20, a rua, que estava interditada ao tráfego de veículos, foi liberada ao trânsito, mas o patrulhamento continuava reforçado na região.


A confusão começou pouco antes das 23h. Segundo a polícia, os manifestantes teriam jogado pedras em direção aos policiais e contra alguns prédios. Os policiais lançaram bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes.

A porta-voz do movimento Ocupa Cabral, Luiza Dreyer, que organizou o protesto, negou que eles tivessem jogado pedras nos policiais ou nos prédios. Segundo ela, a polícia foi truculenta.

Grupo pediu transparência
Os manifestantes começaram a chegar no fim da tarde. Os policiais reforçaram o patrulhamento na região e fizeram uma barreira na rua Aristides Espinola, no Leblon, Zona Sul do Rio, onde mora o governador. Estudantes e trabalhadores pediam mais investimento em serviços básicos.

O grupo gritou palavras de ordem contra Sérgio Cabral e reivindicou maior transparência nos gastos do governo.

Manifestantes distribuíram e usaram pedaços de pano na cabeça para lembrar o episódio envolvendo o empresário Fernando Cavendish, dono da construtora Delta Construções, o governador e secretários de estado.

Em abril de 2012, fotos e um vídeo, publicados na internet, mostraram a proximidade do empreiteiro Cavendish com autoridades do governo do estado. Fernando Cavendish foi alvo de uma CPI que investigou os negócios do bicheiro Carlinhos Cachoeira.

Nesta terça-feira (2), um grupo que ficou acampado perto da casa do governador por onze dias foi expulso pela polícia militar de madrugada. Alguns desses manifestantes voltaram nesta quinta-feira.
Imprimir