O drama dos bolivianos que vêm para o Brasil em busca de uma vida melhor e se tornam alvo de criminosos tem sido mais comum. O menino Bryan, que foi assassinado no fim do mês passado, foi apenas a última vítima das quadrilhas que atacam estes imigrantes.

Em uma casa da zona leste de São Paulo, por exemplo, três famílias de bolivianos dividem o mesmo local. Um dos imigrantes diz ter chegado ao Brasil por volta de cinco anos atrás. Ele relatou que, em uma noite, quando chegava em casa com a mulher, a filha, a cunhada e o irmão, bandidos cercaram o carro onde eles estavam e os assaltaram. Além do dinheiro da família e do carro, os criminosos também roubaram diversos pacotes de tecidos, avaliados em R$ 15 mil.

Durante a semana passada, bolivianos marcharam pelas ruas de São Paulo em sinal de protesto. A primeira manifestação foi no centro da cidade. A caminhada pelas ruas do Brás foi pacífica e bloqueou o trânsito na região.

Outra manifestação reuniu cerca de 200 bolivianos, que ocuparam uma das pistas da avenida Paulista. O assassinato de Bryan foi um dos motivos da união da comunidade para o protesto.

Mesmo sabendo que no Brasil eles podem ganhar mais, muitos bolivianos desistiram do sonho de uma vida brasileira por acreditarem que a Bolívia está mais segura do que São Paulo.