Imprimir

Notícias / Ciência & Saúde

Cientistas criam teste que detecta câncer de bexiga em 'odor' de urina

BBC

Cientistas britânicos criaram um dispositivo que consegue 'farejar' câncer de bexiga na urina do paciente.

O dispositivo usa um sensor que detecta elementos químicos gasosos presentes na urina quando ela contem células cancerosas.

Segundo declarações dos inventores à publicação especializada PLoS One, os primeiros testes mostram que o dispositivo dá resultados precisos nove vezes a cada dez pacientes testados.

Médicos já procuravam novas formas de detectar o câncer de bexiga logo no início, quando seu tratamento é mais fácil.

Muitos resolveram investir seus esforços em detectar o problema no odor da urina, já que outras pesquisas sugerem que cães podem ser treinados para reconhecer o 'cheiro' de determinados cânceres.

Aquecida
Para testar o dispositivo, os cientistas Chris Probert, da Liverpool University, e o professor Norman Ratcliffe, da University of the West of England, usaram 98 amostras de urina.

Destas, 24 eram de pacientes homens com câncer de bexiga e 74 eram de homens com problemas na bexiga mas sem câncer.

'(O dispositivo) Lê os gases que elementos químicos podem exalar quando a amostra é aquecida', afirmou Ratcliffe.

Apesar dos resultados animadores, Probert disse que o dispositivo ainda não poderá ser usado em hospitais.

Sarah Hazell, assessora de comunicação da instituição de caridade britânica voltada para pesquisa do câncer Cancer Research UK, afirma também que o dispositivo ainda não corresponde a um exame mais completo.

'Este último método ainda está em um estágio inicial de desenvolvimento e precisa ser testado em um número muito maior de amostras, incluindo amostras de mulheres e homens.'

'Os pesquisadores afirmam que o teste teria 96% de exatidão e as descobertas são baseadas em um número relativamente pequeno de amostras, vindas apenas de homens. Mas este é outro passo promissor para detectar câncer de bexiga a partir de amostras de urina, algo que vai garantir uma forma menos invasiva de diagnosticar a doença', acrescentou.
Imprimir