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Condenado, ex-corintiano diz que carregará culpa por morte "para sempre"

Terra

O goleiro Johnny Herrera, hoje na Universidad de Chile, se confessou nesta terça-feira sobre o julgamento no qual foi sentenciado a 41 dias de prisão, que poderão ser cumpridos em liberdade vigiada, por homicídio culposo (sem intenção) pela morte de uma jovem em dezembro de 2009. Ele dirigia em alta velocidade e desatento quando atropelou Macarena Casassús em Santiago.



Em entrevista ao programa El Informante, da emissora TVN, o ex-corintiano explicou como é conviver com a dor de ter matado uma pessoa. “Isso é algo que eu conheço muito bem, uma pena que eu vou levar comigo para toda a vida. É triste, mas penso que é mil vezes pior para a família da Macarena. Aprendi a conviver com isso, são quatro anos, já. O importante é tratar de fazer da minha vida o mais normal possível”, declarou.



O atleta, porém, disse saber lidar com os insultos. que recebe de torcedores adversários quando a Universidad de Chile joga como visitante. “No começo foi difícil, não é cômodo que 50 mil pessoas de xinguem. Não sei por que, mas estava preparado”, disse Herrera.



“Na primeira vez que entrei em campo depois do acidente gritaram de tudo. Meus companheiros tentaram acalmar as pessoas, mas disse-lhes que este era um tema que eu deveria enfrentar sozinho. Mas ‘assassino’ é só mais uma desculpa do torcedor para me xingar. Só uma vez que terminei o jogo chorando porque me xingaram durante todo o segundo tempo. É um assunto que eu já tenho assumido e que levarei comigo até o fim da minha carreira”, acrescentou.



A sentença contra o goleiro, que defendeu o Corinthians em 2006, foi divulgada no final de junho. Durante o julgamento, a promotoria, que buscava uma pena de cinco anos de prisão para Herrera, não conseguiu provar que o goleiro estava alcoolizado no momento do atropelamento. A defesa, por sua vez, revelou que para tentar acalmar a família, o goleiro a indenizou com US$ 50 mil.
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