O pai do funkeiro MC Daleste, Roland Pellegrine, disse após prestar depoimento em Campinas (SP), nesta quinta-feira (11), que cantores precisam de colete à prova de balas para usar em “lugar público sem lei”. O filho dele foi morto a tiro durante um show no bairro San Martin, no sábado (6), e Pellegrine quer que Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic) e o Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), de São Paulo, também ajudem nas investigações.

Segundo a Polícia Civil, foram ouvidas nove pessoas nesta quinta. Uma van, que veio da capital paulista com o pai de Daleste e as outras pessoas chamadas para depor, chegou à Delegacia Seccional de Campinas às 13h. Por volta das 17h30, o grupo deixou o local.

Depoimentos
Entre as pessoas ouvidas pela polícia estão o produtor Rogério Rodrigues de Oliveira, que contratou o funkeiro para o show no CDHU do bairro San Martin, além de um amigo de Daleste e um DJ. Na van estavam ainda a esposa, uma irmã e um irmão do cantor, que também depuseram.

O delegado Rui Pegolo começou coletar as informações das testemunhas, oficialmente, nesta quarta-feira (10). Sem dar declarações à imprensa, ele não quis revelar detalhes sobre as oitivas desta quinta e não confirmou se haverá novos depoimentos nesta sexta.

Morte
O funkeiro Daniel Pellegrine, de 20 anos, morreu após ser atingido por um disparo no abdômen quando começava um show no CDHU do bairro San Martin, em Campinas, na noite de sábado (6). O cantor foi levado para o Hospital Municipal de Paulínia, mas não resistiu aos ferimentos e morreu durante a madrugada. MC Daleste foi enterrado na manhã de segunda-feira (8), no Cemitério da Vila Formosa em São Paulo.

Logo após o ocorrido, um fã publicou um vídeo na internet, que mostra o momento em que MC Daleste é atingido por um tiro. Outras imagens também divulgadas na internet mostram que o funkeiro chegou a levantar após ser atingido pelo disparo.