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MP pede a prisão de 15 policiais suspeitos de torturar presos que confessaram morte de jovem em parque

R7

O Ministério Público do Paraná pediu a prisão de 15 policiais, entre eles um delegado, suspeitos de torturar os quatro homens que confessaram a morte da adolescente Tayna da Silva, de 14 anos. Segundo o promotor Leonir Batisti, os presos voltaram atrás no depoimento e disseram que só admitiram o crime porque foram espancados.

Uma comissão da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) visitou os suspeitos e confirmou a tortura após exames de corpo de delito. Os policiais foram identificados após depoimentos dos presos e registros do processo. A Justiça ainda não se pronunciou se determinará a prisão dos militares.

Tayná desapareceu no dia 25 de junho em Colombo, região metropolitana de Curitiba (PR). O corpo da vítima foi localizado na tarde do dia 27. Familiares contaram que ela saiu de casa para visitar uma amiga. Ela foi até a casa da colega e quando saiu mandou uma mensagem por celular para a mãe avisando que estava voltando. Depois disso, não foi mais vista.

O primeiro delegado que assumiu as investigações foi afastado do caso após o vazamento do laudo que comprova que o sêmen encontrado na roupa da adolescente não é dos suspeitos. A polícia apura se os funcionários tiveram alguma participação na morte e quem mais praticou os crimes.

O advogado que defendia os suspeitos, Roberto Rolim de Moura, foi destituído do cargo. Ele disse que os presos foram orientados por ele a ficarem em silêncio em todas as ocasiões, mas durante depoimento de sábado teriam recebido uma proposta do delegado para a saída do advogado em troca da liberdade. Os quatro teriam aceitado. O delegado Guilherme Rangel, responsável pelo caso, negou as acusações e disse que os suspeitos destituíram o advogado porque queriam falar sobre o crime e estavam sendo impedidos.
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