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Irã diz que secretário-geral da ONU perde credibilidade ao criticar país

EFE

O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon, colocou em risco sua credibilidade com as críticas à violenta repressão dos protestos realizados pela oposição iraniana, que tiveram início após as eleições. A afirmação consta de uma nota divulgada nesta quinta-feira pela delegação diplomática do Irã no organismo.

A missão iraniana na ONU considera "infeliz" que o secretário-geral tenha se manifestado, "transgredindo seu mandato", sobre as "admiráveis" eleições presidenciais realizadas em 12 de junho.

As autoridades ressaltam que as declarações de Ban podem ser consideradas "precipitadas" e uma "interferência nos assuntos internos do Irã", e afirma que elas coincidem com as expressões "inapropriadas" feitas por "certos dirigentes ocidentais".

"Ao dar o mesmo passo, o distinto secretário-geral corre o risco de colocar em perigo sua credibilidade perante os olhos das nações independentes", ressalta a nota.

Além disso, o Irã considera que se espera do máximo responsável das Nações Unidas que "proteja a independência e a integridade do cargo e se abstenha de adotar posturas que podem ser interpretadas como tendenciosas ou intervenções nos assuntos internos de um país-membro".

A nota da missão iraniana é a segunda reprovação pública do país ao apelo feito por Ban na última segunda-feira (22) à Teerã para que coloque fim às detenções e ao uso da força contra a oposição.

O Ministério de Assuntos Exteriores do Irã já havia dito que as palavras do secretário-geral "são contrárias às atribuições da Secretaria-Geral da ONU e do direito internacional, e constituem uma interferência nos assuntos internos do Irã".
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