A Polícia Civil acredita que a morte de uma testemunha de um crime aconteceu por engano. O homem foi assassinado logo após sair do Fórum de Jaraguá, na região central de Goiás. A vítima estava no carro com o réu do processo, que também foi baleado e não corre risco de morte, e o advogado dele. O veículo foi atingido por mais de dez disparos e, segundo a investigação, o objetivo era executar apenas o réu.

O trio saiu do fórum depois de ser desmarcada a primeira audiência do homicídio que estavam envolvidos. Populares contaram aos policiais que dois carros fecharam o veículo em que eles estavam e uma pessoa atirou. “Homens em um Gol e um Celta abordaram as vítimas. Em seguida, dois deles desceram e começaram a atirar”, relatou um homem, que não quis se identificar.

A polícia suspeita que o crime tenha sido motivado por vingança e que os suspeitos tenham se enganado e atirado na testemunha, que estava sentada no banco da frente. Já o réu sentou banco traseiro, exatamente por medo de morrer.

A testemunha, de 40 anos, levou seis tiros e morreu no local. Ela iria prestar declarações sobre um assassinato que ocorreu em 2010, em São Francisco de Goiásx, a 26 km de Jaraguá. Já o réu no processo está internado no Hospital de Urgências de Anápolisx e seu quadro é estável.

O delegado que cuida do caso, Alexandre Alvin, acredita que o réu estava sofrendo ameaças por ter assassinado um homem que tinha envolvimento com o tráfico de drogas. “A gente está aguardando o laudo pericial para definir qual foi a arma utilizada. Também estamos buscando imagens do centro da cidade, que podem ter capturado a passagem dos suspeitos”, explicou.

O advogado do réu, que também estava no carro e saiu ileso, tenta se recuperar do susto. Ele garante que não viu o rosto dos criminosos. “Foi muito rápido, no momento em que uma das pessoas desceu do carro eu me abaixei e coloquei a cabeça sob as pernas. E aí eu só escutei os estampidos dos tiros”, lembrou.