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Jarbas recebe 2 mil e-mails após denúncia contra PMDB

AE

Na noite de terça-feira, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) encerrava um discurso contra a impunidade quando, no plenário, o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), brincou com a companheira Lúcia Vânia (PSDB-GO): “Vai lá na reunião dos honestos?” Guerra falava do primeiro encontro de trabalho do Movimento pela Transparência (MPT), fundado por deputados e senadores de partidos governistas e oposicionistas.

Os parlamentares que mais atuam no trabalho para mudar os maus hábitos políticos conseguiram ver o “efeito Jarbas” na derrota do PMDB ao tentar tomar o controle do fundo de pensão Real Grandeza (dos trabalhadores de Furnas e da Eletronuclear) e na exoneração de Agaciel Maia da direção-geral do Senado, cargo que ocupava havia 14 anos - ele não declarou ao Fisco uma casa que pode valer até R$ 5 milhões. A outra vitória pode ser medida pela maneira como a população reagiu às palavras de Jarbas: uma avalanche de mensagens de apoio chegou a seu gabinete.


A criação do Movimento pela Transparência foi o primeiro - e único, até agora - resultado concreto das declarações de Jarbas sobre a presença de corrupção no PMDB. Versão ampliada do antigo Terceira Via, o novo movimento pretende percorrer o País com uma agenda de debates e votações voltada para o combate aos crimes cometidos no poder público. Enquanto isso, mais de 2 mil e-mails chegaram nos últimos 20 dias. Um número oito vezes superior à média de 250 mensagens por mês. Além disso, o parlamentar recebeu cartas, fax, telegramas e telefonemas.


“Não poderia deixar de levar ao senador minhas solidariedade pela sua coragem, sinceridade e patriotismo”, escreveu um eleitor, que já não poderá votar em Jarbas, pois se mudou do Recife para Porto Velho (RO). “Parabéns pela coragem e obrigada pelo alento e sussurro de esperança”, escreveu Rosana Matsushita, assessora de carreiras e professora universitária.
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