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Comerciantes disputavam racha que terminou com 2 mortes, diz inquérito
G1
Ao contrário do que afirmaram em depoimento, os dois comerciantes que provocaram o acidente que matou a jogadora de futsal Paloma Heloísa da Silva e o treinador José Carlos Chessa Luiz, o Foguinho, na madrugada de sábado (13), em São João da Boa Vista (SP), disputavam um racha. A afirmação é do delegado seccional Sebastião Antônio Mayriques, que concluiu nesta segunda-feira (22) o inquérito que apurava as causas do acidente. Paulo Eduardo Noronha e André Toniza Sanches foram detidos e permanecem presos. O advogado de defesa deles, Eduardo Pugliesi Lima, não foi encontrado para comentar o resultado da investigação.
O delegado analisou depoimentos de testemunhas e imagens do circuito interno de uma empresa próxima ao local em que era realizada a Exposição Agropecuária, Industrial e Comercial (Eapic) de onde as vítimas tinham saído. Paloma e Foguinho estavam acompanhados da treinadora do time feminino de futsal Cristiany Borato, que sobreviveu ao acidente.
As imagens de câmeras mostram os três entrando no carro. Pouco depois é possível ver os comerciantes caminhando próximos um do outro. Em depoimento, eles disseram ter saído separadamente da festa. Na continuação das imagens aparece o carro de Foguinho já em movimento e, por fim, dois carros passando juntos em alta velocidade. "O conjunto probatório demonstraram que os dois estavam tirando um racha. Eles foram presos e autuados em flagrante delito por duplo homícidio doloso qualificado e lesão corporal dolosa. Hoje concluímos as investigações e apresentando ao Ministério Público para o início da ação pena", disse.
Em entrevista ao G1 no dia 15 de julho, o advogado de defesa Eduardo Pugliesi Lima afirmou que os comerciantes não estavam juntos no momento do acidente e que a participação em um racha “era uma coisa fantasiosa”. O advogado entrou com um pedido de revogação da prisão, cujo resultado sairá até sexta-feira (26). Procurado pelo G1 nesta segunda para comentar a conclusão das investigações da polícia, Lima não foi encontrado
Acidente
O acidente aconteceu por volta das 3h do dia 13 de julho na Rodovia Governador Ademar Pereira de Barros (SP-342), que liga a cidade a Águas da Prata (SP). Uma das caminhonetes atingiu a traseira do veículo em que as vítimas estavam. Foguinho morreu na hora e Paloma no fim da tarde. Cristiany teve ferimentos, foi internada e liberada dias depois.
A polícia informou que durante a abordagem os comerciantes apresentavam sinais de embriaguez e que se negaram a fazer o teste de bafômetro. Segundo o boletim de ocorrência, eles estavam a 170 quilômetros por hora, mais que o dobro do permitido no local que é de 80 por hora.
Manifestação
A morte do treinador e da jogadora motivou um protesto pelas ruas de São João da Boa Vista neste sábado (20). Cerca de 60 pessoas, incluindo familiares das vítimas, participaram do ato.
Com faixas e cartazes, os manifestantes pediram justiça para o caso. “Eu sei que nada vai trazer aquele sorriso de novo, a dor é muito grande, ela só tinha 20 anos e era cheia de sonhos”, disse Janaina Simplício de Andrade, irmã de Paloma.
O delegado analisou depoimentos de testemunhas e imagens do circuito interno de uma empresa próxima ao local em que era realizada a Exposição Agropecuária, Industrial e Comercial (Eapic) de onde as vítimas tinham saído. Paloma e Foguinho estavam acompanhados da treinadora do time feminino de futsal Cristiany Borato, que sobreviveu ao acidente.
As imagens de câmeras mostram os três entrando no carro. Pouco depois é possível ver os comerciantes caminhando próximos um do outro. Em depoimento, eles disseram ter saído separadamente da festa. Na continuação das imagens aparece o carro de Foguinho já em movimento e, por fim, dois carros passando juntos em alta velocidade. "O conjunto probatório demonstraram que os dois estavam tirando um racha. Eles foram presos e autuados em flagrante delito por duplo homícidio doloso qualificado e lesão corporal dolosa. Hoje concluímos as investigações e apresentando ao Ministério Público para o início da ação pena", disse.
Em entrevista ao G1 no dia 15 de julho, o advogado de defesa Eduardo Pugliesi Lima afirmou que os comerciantes não estavam juntos no momento do acidente e que a participação em um racha “era uma coisa fantasiosa”. O advogado entrou com um pedido de revogação da prisão, cujo resultado sairá até sexta-feira (26). Procurado pelo G1 nesta segunda para comentar a conclusão das investigações da polícia, Lima não foi encontrado
Acidente
O acidente aconteceu por volta das 3h do dia 13 de julho na Rodovia Governador Ademar Pereira de Barros (SP-342), que liga a cidade a Águas da Prata (SP). Uma das caminhonetes atingiu a traseira do veículo em que as vítimas estavam. Foguinho morreu na hora e Paloma no fim da tarde. Cristiany teve ferimentos, foi internada e liberada dias depois.
A polícia informou que durante a abordagem os comerciantes apresentavam sinais de embriaguez e que se negaram a fazer o teste de bafômetro. Segundo o boletim de ocorrência, eles estavam a 170 quilômetros por hora, mais que o dobro do permitido no local que é de 80 por hora.
Manifestação
A morte do treinador e da jogadora motivou um protesto pelas ruas de São João da Boa Vista neste sábado (20). Cerca de 60 pessoas, incluindo familiares das vítimas, participaram do ato.
Com faixas e cartazes, os manifestantes pediram justiça para o caso. “Eu sei que nada vai trazer aquele sorriso de novo, a dor é muito grande, ela só tinha 20 anos e era cheia de sonhos”, disse Janaina Simplício de Andrade, irmã de Paloma.