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Recepção ao Papa foi emocionante, mas politicamente um desastre, afirma Leitão

De Brasília - Vinícius Tavares

A recepção ao Papa Francisco no Rio de Janeiro para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) foi um momento emocionante, mas politicamente desastroso. A avaliação é do líder da Minoria na Câmara, o deputado federal Nilson Leitão (PSDB-MT), que integrou a comitiva de parlamentares que recebeu o pontífice nesta segunda-feira (22.7), no Rio de Janeiro.

“Eu, enquanto católico e parlamentar brasileiro, me senti muito honrado de ter a oportunidade de cumprimentar o Papa. Mas politicamente foi um desastre. A começar pelo episódio do Joaquim Barbosa (ministro do Supremo Tribunal Federal), que cumprimentou o Papa e ignorou Dilma, passou reto”, destaca o deputado.

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As críticas de Leitão atingiram também o discurso da presidente Dilma que, segundo ele, seguiu o “editorial do jornalista Frankilin Martins”, ex-ministro da Comunicação de Lula ao dizer que as manifestações populares que ocorreram no país são fruto de excesso de democracia.

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“Este é um discurso demagógico e hipócrita da presidente na presença dos maiores líderes religiosos do mundo. O povo foi às ruas porque quer mais deste governo”, verbaliza.

Sobre as palavras e atitudes do Papa argentino, o deputado disse que ele foi capaz de sensibilizar a juventude presente em apenas uma lauda.

“Enquanto o papa foi feliz em apenas uma folha, a presidente Dilma leu 12 páginas de preparado pelo marketing da presidência”, critica. “Mas foi uma visita emblemática”, completa.

A comitiva de parlamentares da Câmara foi organizada por iniciativa do deputado Júlio Campos (DEM-MT).
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