Autor do requerimento para a criação de uma comitiva parlamentar para recepcionar o Papa Francisco, o deputado federal Júlio Campos (DEM-MT) acredita que a vinda do pontífice ao Brasil, aliado ao seu perfil carismático, farão com que a Igreja Católica tenha novos rumos e aumente o número de fiéis no Brasil.
Em seu quinto encontro com a autoridade máxima do Vaticano desde a década de 80, quando esteve com João Paulo II, Júlio Campos afirma ter ficado impressionado com o carisma e a simplicidade de Francisco.
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“O Papa é uma figura muito carismática, simples, simpática. Cativou toda a multidão, não só as autoridades, mas também o povo. Foi uma experiência muito marcante a recepção no Palácio Guanabara (sede do governo fluminense), os eventos religiosos e a visita ao Hospital São Francisco”, destaca.
Na avaliação do parlamentar, que participou até quinta-feira (25.7) de parte dos eventos da Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, a Igreja Católica será outra a partir deste encontro.
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“A Igreja Católica mundial vai ter novos rumos a partir deste novo Papa. Porque não só ele fez voltar os olhos da Igreja para o social e apoio à pobreza, aos mais humildes, como também não usou a visita com cunho politico, mas apenas religioso”, afirma.
Segundo Campos, o perfil franciscano do novo Papa contribuirá para a missão do Vaticano de recuperar o espaço perdido para outras doutrinas.
“A mensagem que ele está deixando é muito boa, principalmente para os jovens. Quem está acompanhando de perto a sua atuação vê que ele é um homem carismático ao extremo e de uma vocação sacerdotal maravilhosa. Acredito que o Brasil vai ficar mais feliz e mais religioso com a vida dele. Ele também pregou a aproximação com as demais igrejas, fez questão de conversar com os muçulmanos, com os judeus, com os evangélicos e com todos os segmentos”, acrescenta.
Na opinião do parlamentar mato-grossense, o Papa foi ousado ao dizer que a liberação do consumo de drogas dificilmente resolverá o problema dos usuários.
“Não vi nenhum índice estatístico de que país que liberou o consumo da droga tivesse redução ou alguma vantagem. Eu, não só como cristão, sou contra a possibilidade de liberar a droga como também vi que a mensagem do papa foi muito clara neste sentido”, observa.
Segundo Júlio, o fez questão absoluta de demonstrar apoio aos dependentes. “Quando ele foi à clínica São Francisco, ele mostrou que a Igreja e nós cristãos temos que apoiar a situação daqueles dependentes químicos”, salienta o deputado ao lembrar também do pedido feito pelo papa de valorização e respeito aos idosos e da aproximação dos jovens com os mais velhos. “A Igreja quer uma sintonia maior com a sociedade”, finaliza.