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Governo admite incapacidade financeira e trava negociação com grevistas

Da Redação - Lucas Bólico

O secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos, Luiz Antônio Pôssas de Carvalho, afirmou em entrevista coletiva concedida à imprensa no início da tarde desta terça-feira (30) que as negociações com os agentes prisionais não avançam por intransigência da categoria, que sequer respondeu à proposta salarial feita pelo Estado e pela incapacidade financeira de o Estado em aumentar a proposta.

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Carvalho sustentou que é de conhecimento geral as limitações financeiras do Estado e que declarou que o Paiaguás não tem condições de fazer uma proposta melhor à já apresentada aos grevistas, que foi de reajuste de 5% para o ano que vem e 5% para 2015, mais o reajuste inflacionário.“Somente essa medida já causaria um grande impacto no Estado”, corroborou o secretário chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf.

De acordo com Luiz Antônio Pôssas de Carvalho, o Estado cumpriu todas as solicitações da categoria e apresentou a proposta salarial para os trabalhadores, que não aceitaram e entraram em greve sem nem responder. Consta da lista de reivindicações dos agentes prisionais ações como o adicional de insalubridade, programas de capacitação, compra de armamentos etc.

“O governador Silval Barbosa (PMDB) está acompanhando todos os fatos de perto”, afirmou Pedro Nadaf. O chefe da Casa Civil declara que o governo irá atuar para que os detentos não sejam mais penalizados do que já são.

Para garantir os direitos dos detentos, a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos convocou policiais militares para fazerem o serviço em caráter emergencial. Carvalho, no entanto, não soube informar quantos policiais foram deslocados para o Centro de Ressocialização de Cuiabá, o antigo Carumbé, principal foco da resistência doa agentes.

“O maior problema é mesmo em Cuiabá, no resto do estado a situação está mais controlada”, explica Luiz Antônio. "Mas não podemos ceder à chantagem", completa.
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