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Secretário acusa agentes prisionais de chantagem usando detentos como moeda de troca

Da Redação - Lucas Bólico

O secretário Estado de Justiça e Direitos Humanos, Luiz Antônio Pôssas de Carvalho, acusou os agentes prisionais de estarem chantageando o governo estadual usando a vida dos detentos como moeda de troca. Ele afirma que a estratégia da categoria é irritar os detentos e suas famílias para aumentar a pressão sobre Paiaguás.

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Carvalho afirma que no sábado alguns presidiários só foram receber o café da manhã depois das 11h. Os agentes também querem proibir a entrada de familiares nas unidades prisionais e o banho de sol, que são direitos dos reeducandos.

O foco dos grevistas, segundo o secretário, é em Cuiabá. Policiais militares foram solicitados para atuar no Centro de Ressocialização de Cuiabá, antigo Carumbé, em caráter emergência. Carvalho também garante que já montou um comitê para administrar a crise há todo um planejamento estratégico para evitar que o sistema prisional entre em colapso sem os profissionais trabalhando.

“O que eles [grevistas] querem é provocar um caos no sistema prisional de Mato Grosso, mas nós não vamos deixar”, afirmou no início da tarde desta terça-feira (30) Luiz Antônio Pôssas. Ele revela que além de convocar policiais, o governo planeja, por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), contratar agentes em caráter emergencial se for necessário.

“Não estamos contra a categoria, o que queremos é que a decisão judicial seja respeitada”, declarou Pôssas. Decisão do desembargador Rondon Bassil determinou que 70% dos serviços sejam mantidos pelos servidores, o que não vem sendo cumprido. A multa diária para o descumprimento é de R$ 100 mil e cabe a pena de prisão para os que desrespeitarem.

“Muitos já poderiam ter sido presos, mas não é isso o que queremos”, afirma o secretário. De acordo com ele, há uma intransigência da parte dos grevistas, que não responderam à proposta feita pelo estado e já paralisaram as atividades. A oferta feita pelo Paiaguás foi de reajuste de 5% ano que vem e 5% em 2015, sem contar a reposição das perdas inflacionárias.

“Somente essa medida já causaria um grande impacto no Estado”, sustenta o secretário chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf.
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