A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) "resiste" à queda registrada em Wall Street, a principal referência externa do mercado brasileiro, e se mantém em alta, pouco distante dos 52 mil pontos. O BC agiu mais cedo nos negócios de câmbio, mas sem impedir que a taxa doméstica caia para R$ 1,94.

O Ibovespa, índice que reflete os preços das ações mais negociadas, sobe 0,44%, aos 51.743 pontos. O giro financeiro é de R$ 2,17 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York retrocede 0,55%.

O dólar comercial é negociado por R$ 1,947, em um declínio de 0,25% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 289 pontos, número 1,02% abaixo da pontuação anterior.

O Banco Central já entrou no mercado à vista, em horário bem mais cedo que o habitual --desta vez, entre 10h47 e 10h57-- aceitando ofertas por R$ 1,9390 (taxa de corte).

Entre as primeiras notícias do dia, o Departamento de Comércio dos EUA informou que o nível de gastos do consumidor local teve aumento de 0,30% no mês de maio, em linha com as expectativas do setor financeiro. O nível de rendimentos, no entanto, teve crescimento de 1,4% no mesmo período, um incremento inesperado de renda, já que economistas não esperavam uma variação muito acima de 0,30%.

Outro indicador da economia americana também veio positivo: a sondagem da Universidade de Michigan mostrou que o nível de confiança do consumidor atingiu seu maior nível desde fevereiro de 2008, surpreendendo os analistas de mercado.

No front doméstico, o Banco Central divulgou uma nova projeção para o crescimento da economia brasileira: em vez da taxa de 1,2%, a nova estimativa é de aumento de 0,8% do PIB (Produto Interno Bruto). Ontem, a agência de classificação de risco Moody's revelou esperar um crescimento de 0,9% para o Brasil neste ano.