Um plano de R$ 70 milhões, em três etapas. Essa foi a proposta que o presidente da Telefônica no Brasil, Antonio Carlos Valente, apresentou, à Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), nesta sexta-feira (26).

Valente se reuniu com o presidente da agência, embaixador Ronaldo Sardenberg, e com os conselheiros para apresentar detalhes das medidas que a empresa pretende tomar para melhorar o serviço de internet de banda larga, Speedy.

Valente afirmou, em entrevista coletiva, que o plano vai ser implantado "independentemente de qualquer resposta da Anatel".

Entre as iniciativas a serem adotadas na primeira fase --que deve ser colocada em prática nos próximos 30 dias-- está, por exemplo, a ampliação da capacidade de escoamento do tráfego por meio de sítios e saídas para dados alocados fora do país.

Falhas

Na segunda-feira, a Anatel proibiu a venda de novas assinaturas do Speedy por meio de medida cautelar, devido às falhas e interrupções no serviço que levaram a reclamações de um número crescente de assinantes. A suspensão deve durar até a aprovação do pacote de medidas.

Ontem, a Telefônica publicou comunicado informando que não pretendia recorrer à Justiça para restabelecer a venda do serviço. No início da semana, a empresa entrou com um pedido de efeito suspensivo junto à Anatel, que foi recusado ontem por Sardenberg.

"A Telefônica entende que os usuários esperam mais da companhia, que foi a pioneira no lançamento da internet em banda larga no Brasil", afirmou Valente.

Segundo Valente, todas as equipes da empresa ficaram mobilizadas "24 horas por dia" para elaborar o plano para o aperfeiçoamento do Speedy.