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Notícias / Economia

Temor sobre consumo nos EUA prevalece e petróleo recua

Folha Online

Os preços do petróleo fecharam em baixa nesta sexta-feira, com o barril de petróleo voltando a ficar abaixo dos US$ 70, após a forte alta da véspera. Os investidores operaram hoje mais preocupados com a demanda franca nos Estados Unidos do que pelas tensões na Nigéria.

Na Nymex (Bolsa Mercantil e Nova York, na sigla em inglês), o barril do petróleo cru para entrega em agosto encerrou a US$ 69,16, retração de 1,52% em relação a sessão anterior.

Na Ice Futures (Bolsa Intercontinental de Futuros de Londres, na sigla em inglês), o preço do barril do Brent, de referência na Europa, fechou hoje em baixa de 1,2%, cotado a US$ 68,92.

Os investidores preferiram vender seus contratos da commodity, ainda sob efeito da avaliação feita pelo Fed (Federal Reserve, o BC americano) no comunicado divulgado na quarta-feira (quando manteve sua taxa de juros no atual patamar, entre zero e 0,25%), de que a economia americana ainda deve levar algum tempo para se recuperar.

O Departamento do Comércio também informou que a taxa de poupança no país, que estava perto de zero no início de 2008, cresceu para 6,9%, maior nível desde dezembro de 1993. Os gastos do consumidor americano cresceram 0,3% em maio (em linha com o esperado), enquanto os salários no país tiveram alta de 1,4% (muito acima do 0,3% previsto pelos economistas).

A Universidade de Michigan, por sua vez, informou que a confiança do consumidor americano registrou alta neste mês, com o índice apurado pela ficando em 70,8 pontos --mesma leitura de fevereiro de 2008--, contra 68,7 em maio. O indicador superou as expectativas dos analistas, que previam um resultado em 69 pontos.

O mercado está atento ao movimento do consumidor norte-americano ante a aproximação do fim de semana de 4 de julho, que marca o ponto alto na temporada dos grandes deslocamentos --que indica aumento da demanda de gasolina.

Nas negociações eletrônicas que antecederam a sessão, o barril subiu a US$ 71,29, em reação aos novos ataques a oleodutos na Nigéria.

Ontem, a guerrilha nigeriana Mend (Movimento para a Emancipação do Delta do Níger, na sigla em inglês) anunciou um novo ataque às instalações da companhia petrolífera anglo-holandesa Shell, o quinto sofrido pela empresa na última semana.

O Mend iniciou em 2006 as atividades armadas para reivindicar ao governo nigeriano mais autonomia e investimentos na empobrecida região petrolífera do Delta do Níger.
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