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Mais de 800 mil eleitores estão com os direitos políticos suspensos

R7

 Um levantamento feito na base de dados da Justiça Eleitoral mostra que, atualmente, 883.222 brasileiros estão com os direitos políticos suspensos. Na prática, isso quer dizer que eles não podem votar e ser votados, nem se filiar a partido político ou exercer cargo público, mesmo que não eletivo.

A suspensão dos direitos políticos também impede, por exemplo, que a pessoa exerça cargo em entidade sindical e atue como diretor ou redator-chefe de jornal ou periódico.

O principal motivo para a suspensão dos direitos políticos é a condenação criminal, que com 657.299 casos. Na segunda posição aparece a incapacidade civil absoluta, com outros 143.873 registros. Neste caso, a Justiça entendeu que as pessoas são absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil.

Os brasileiros alistados no serviço militar é a terceira causa do ranking, com 76.833 pessoas nesta condição.
Depois vêm as condenações por improbidade administrativa (3.374 casos) e brasileiros que moram em Portugal e optaram por exercer o direito a votar e ser votado naquele país (272).

Quem se recusa a cumprir obrigação a todos imposta, sendo o serviço militar um exemplo, também perde os direitos políticos. Atualmente, há 187 brasileiros nessa situação.

Outras 1.384 pessoas também estão com os direitos políticos suspensos, mas foram inseridas num período em que o cadastro não distinguia os motivos.

Suspensos por Estado

O maior número de eleitores com os direitos políticos suspensos está no Estado de São Paulo, somando 232.905. Em seguida aparecem Minas Gerais (94.017 suspensões), Rio Grande do Sul (81.083), Paraná (70.317) e Rio de Janeiro (57.533).

Os Estados com menos eleitores com direitos políticos suspensos são Alagoas (4.051), Amapá (4.051), Tocantins (3.996), Piauí (3.800) e Roraima (1.892).
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