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"Quando aperta o calo, é preciso trocar o sapato", afirma Eliene sobre Dilma e Congresso

De Brasília – Vinícius Tavares

A presidente Dilma Rousseff reúne nesta terça-feira (6) os líderes partidários do Senado para iniciar uma reaproximação a fim de garantir a governabilidade. Em suma, o temor da presidente é que, acuados pelas vozes das ruas, os parlamentares aprovem medidas que provoquem impacto nos cofres públicos.

A segunda-feira foi a vez dos líderes partidários da Câmara serem recebidos no Palácio do Planalto para discutir assuntos de interesse do país, algo raro durante a gestão de Dilma, que e criticada por ser centralizadora e pouco afeita ao jogo político.

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De acordo com o coordenador da bancada federal de Mato Grosso, deputado Eliene Lima, a aproximação da presidente ao congresso é uma questão de sobrevivência para seu governo.

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“Quando aperta o calo a gente tem que mudar o sapato”, observou em entrevista por telefone ao Olhar Direto.

Segundo ele, a mudança no estilo de governar, buscando mais diálogo com os partidos da base, ocorre em um momento de transformações no Brasil e no mundo, com manifestações de rua e alterações na economia mundial.

“O Brasil de hoje não é mais aquele da Era Lula. Hoje a China, que é o maior parceiro comercial do país, está com a economia em ritmo de encolhimento. E os Estados Unidos, que são nossos concorrentes, estão crescendo. É preciso mudar a forma de governar”, avalia.

De acordo com Eliene Lima, o papel do Congresso é contribuir com as discussões sobre os rumos do país. “A presidente terá de socializar decisões com a classe política e não decidir de cima pra baixo”, afirma.

Embora o recesso tenha oficialmente se encerrado na última quinta-feira (1.8), esta terça-feira marca o reinício, de fato, dos trabalhos no legislativo federal.

Na pauta da Câmara constam projeto que destina royalties do petróleo e a Medida Provisória que regulamenta o programa Mais Médicos.
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