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Pesquisas apontam eleições apertadas na Argentina

EFE

As últimas pesquisas sobre as eleições legislativas do domingo na Argentina apontam um empate técnico entre as forças políticas da oposição e do governo na Província de Buenos Aires, tradicional reduto peronista, cujo voto é decisivo para desenhar o mapa político depois do dia 28 de junho.

Cerca de 28 milhões de pessoas irão às urnas para eleger a metade das 257 cadeiras da Câmara dos Deputados e um terço das 72 do Senado, além de legislaturas provinciais e municipais.

O ex-presidente Néstor Kirchner, candidato ao Parlamento pela província de Buenos Aires, se candidata não somente contanto com maioria parlamentar, mas com sua estabilidade como líder do peronista Partido Justicialista (PJ).

A hegemonia de Kirchner é ameaçada pelo peronista dissidente Francisco de Narváez, candidato pela União-Pró, aliado ao conservador Mauricio Macri, prefeito da cidade de Buenos Aires.

Analistas locais já anteciparam que a noite das eleições será longa, porque os resultados eleitorais podem ser atrasados pela coincidência do pleito legislativos provinciais e municipais em algumas zonas do país.

As últimas enquetes divulgadas antes do início da jornada de análise apontam vantagens mínimas entre Kirchner e de Narváez em Buenos Aires, de acordo com uma pesquisa.

Os dados da empresa Poliarquia, encomendada pelo jornal "La Nación", apontam uma vantagem de 2,5 pontos para Narváez sobre Kirchner.

Já para a Ibarómetro, o ex-presidente venceria com seis pontos de vantagem.

Na capital, o segundo distrito eleitoral do país, as pesquisas dão vitória folgada para a candidata da União-Pró, Gabriela Michetti.

Em segundo lugar, tanto a Poliarquia quanto a Ibarómetro apontam o cineasta Fernando "Pino" Solanas, candidato "revelação" em Buenos Aires, seguido com uma pequena diferença pelo candidato do Acordo Cívico e Social, Alfonso Prat Gay, e muito acima do governista, Carlos Heller.

Mas além das pesquisas, a maior preocupação das autoridades eleitorais e partidos políticos nesses dias de análise é o nível de participação.

Apesar de o voto ser obrigatório na Argentina, as autoridades temem que o nível de abstenção cresça por causa da gripe suína, que provocou 23 mortes no país até agora.

O titular da Direção Nacional Eleitoral, Alejandro Tullio, anunciou hoje medidas de prevenção contra a gripe nos centros de votação das zonas mais afetadas, como a distribuição de álcool em gel e lenços.

Além disso, recomendou aos eleitores que mantenham uma distância nas filas de votação e que cheguem cedo às urnas para evitar aglomerações.

A juíza federal do Tribunal Eleitoral de Buenos Aires, María Servini de Cubría, reconheceu hoje que sua "maior preocupação" com o dia das eleições é a expansão da doença.

As escolas da capital do país onde há casos da doença e serão postos de votação no domingo receberão operações especiais de limpeza, já que o vírus sobrevive entre 24 e 48 horas. As outras que forem usadas permanecerão fechadas na segunda-feira para desinfecção.
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