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Notícias / Ciência & Saúde

Dengue cai pela metade no país e cresce quase 200% no Estado

Da Redação/Thalita Araújo

O número de casos notificados de dengue em Mato Grosso teve um aumento de 196.47% do ano passado para cá. O acréscimo soa ainda mais alarmante quando comparado à estatística nacional: a dengue no Brasil teve 50,2% menos casos no mesmo período. Mato Grosso está na contramão.

Em todo o país, o Ministério da Saúde, MS, também detectou diminuição dos casos graves da doença e uma queda de 73% dos casos de Febre Hemorrágica da Dengue (FHD). Enquanto que, nas regiões mato-grossenses, ambos sofreram aumento.

Dados do Ministério apontam que apenas seis estados brasileiros, além de MT, tiveram aumento dos casos da doença. São eles Acre, Roraima, Amapá, Bahia, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul. Porém, Mato Grosso está entre os aumentos mais expressivos, perdendo apenas para a Bahia, que registrou aumento pouco maior de 200% nos casos e para o Acre, que passou dos 800%.

De acordo com os dados do MS, referentes às 20 primeiras semanas do ano, 332.083 pessoas contraíram dengue nos primeiros meses de 2009, enquanto que em 2008 o número de infectados ultrapassou 660 mil, no mesmo período.

A Situação

Até o último dia 24 de julho Mato Grosso já teve 36 mortes causada pela dengue. Só Cuiabá representa 13 dos casos e, Várzea Grande, 7. Os dados são da Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde, SES-MT. Dos 36 óbitos notificados, 22 foram confirmados como casos graves de dengue e 14 ainda estão sob investigação.

Até agora foram notificados 29.977 casos de dengue clássica, dos quais 1.152 são casos graves. Os municípios com óbitos são Tangará da Serra, Rosário Oeste, Diamantino, Juara, Nova Mutum, Nortelândia, Rondonópolis, Jaciara, Curvelândia e Sinop.

A SES-MT, por meio de assessoria, divulgou que tem cumprido todas as ações contidas no Plano de Estadual de Contingência de Combate à Dengue. “No que compete ao Estado às ações de monitoramento, apoio técnico, aporte financeiro e capacitação de médicos e demais profissionais da área da saúde, tais ações prevalecem, porém, cabe aos municípios executarem suas ações no que diz respeito a limpeza urbana, coleta de lixo e distribuição de água, ações estas que contribuem para a redução dos criadouros do Aedes Aegypt”.
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