Pela terceira vez, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, foi reeleito para a presidência do PDT. Ele comandará o partido pelos próximos dois anos. Para evitar atritos com a Comissão de Ética do Palácio do Planalto, Lupi avisou que continuará afastado da presidência do partido.

O ministro deixará o comando a cargo dos dois vice-presidentes: o deputado Vieira da Cunha (RS) e o ex-deputado Wagner Lago.

Carlos Lupi assumiu a presidência do PDT depois da morte de Leonel Brizola, em 2004. Desde então, comanda o partido com sucessivas reeleições no cargo. Em 2007, a Comissão de Ética do Palácio do Planalto recomendou que Lupi optasse pela presidência do partido ou pelo ministério.

Na época, os integrantes da Comissão alegaram que não era possível Lupi exercer as duas funções ao mesmo tempo, pois feria o Código de Ética.

O afastamento de Lupi da presidência do PDT ocorreu em março de 2008. Desde então, a presidência é ocupada interinamente por Vieira da Cunha.

Jackson Lago

Na convenção, os pedetistas fizeram um ato de desagravo ao governador do Maranhão, Jackson Lago. Várias faixas favoráveis ao governador foram espalhadas na sede do partido, com frases como: "O povo do Maranhão já decidiu no voto. O PDT não aceita o tapetão".

Lago e o vice governador Luiz Carlos Porto (PPS) tiveram os mandatos cassados pelo Tribunal Superior Eleitoral, acusados de abuso de poder político e econômico durante as eleições de 2006. A defesa do governador disse que vai recorrer da decisão.

Os dois permanecem no cargo até o julgamento final dos recursos. Os ministros do TSE também decidiram dar posse à segunda colocada na eleição de 2006, senadora Roseana Sarney (PMDB), e ao ex-senador João Alberto (PMDB), candidato a vice na chapa, caso a cassação do governador seja mantida.