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Comandante que afirmou que cabo denunciou colegas diz que não sabia que entrevista era gravada

R7

 A SSP (Secretaria de Segurança Publica) divulgou o Termo de Declarações à Corregedoria da Policia Militar onde o coronel Wagner Dimas, comandante do 18º Batalhão, esclarece sua posição em relação à afirmação feita, em entrevista à Rádio Bandeirantes, de que a cabo Andreia Regina Pesseghini teria denunciado PMs com envolvimento em roubos a caixas eletrônicos.

Segundo o novo relato, Dimas não sabia que a conversa, por meio do celular, se tratava de uma entrevista gravada. O comandante negou à Corregedoria a existência de qualquer denúncia formal por parte da cabo, assassinada na ultima segunda-feira (5). Ele disse ainda que Andreia não forneceu "qualquer dado", mesmo que informalmente, a respeito do assunto. Dimas argumentou que se perdeu ao tentar se explicar para o repórter. Perguntado se algum oficial de seu batalhão foi transferido ou afastado por suspeitas de irregularidades, o comandante negou a informação.

Sobre ter afirmado que não acreditava que o filho do casal de PMs, Marcelo Eduardo Pesseghini, pudesse ter matado os pais, a avó e a tia-avó e, depois, cometido suicídio, o coronel Dimas disse que aguarda os laudos da polícia cientifica para uma conclusão definitiva. O comandante esteve na casa dos policias na noite de segunda e teve acesso à cena do crime e às provas imediatamente colhidas.

O delegado-geral da Polícia Civil do Estado de São Paulo, Luiz Maurício Souza Blazeck, disse na tarde desta quinta-feira (8), que as declarações do comandante também o surpreenderam.

Segundo Blazeck, a surpresa ocorreu porque o fato novo apresentado pelo comandante Dimas não estava na dinâmica dos assassinatos.

— Para ter relevância para as investigações é preciso existir um nexo de causalidade entre as acusações e o crime.

Na visão do delegado-geral, essa relação não parece existir.
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