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Após Mensalão, Pedro Henry abandona carreira política e vira 'consultor' do PP

Da Redação - Laura Petraglia

Depois de ser condenado à prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o deputado federal Pedro Henry (PP), apontado como um dos operadores do escândalo que ficou nacionalmente conhecido como Mensalão, deve deixar a vida política e voltar a atuar na medicina.

Longe dos holofotes, Henry deverá atuar apenas nos bastidores, como um ‘consultor’ político do Partido Progressista. A revelação foi feita ao Olhar Direto na manhã desta segunda-feira (12) pelo deputado estadual Ezequiel Fonseca (PP), que recebe na tarde de hoje a presidência da sigla das mãos do deputado.

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“Eu recebo das mãos do Pedro Henry o Partido Progressista (PP). Ele está voltando a atuar no campo da medicina e dentro do partido, ele como uma pessoa que tem grande conhecimento e que sabe trabalhar isso, tanto é que teve cinco mandatos, vai atuar como um grande consultor nosso, do nosso partido. Ele vai nos repassar conhecimento, nos prestar consultoria, porém não que mais estar à frente do PP e não vai mais militar politicamente com mandatos ou cargos assim”, revelou Ezequiel.

Com relação à condenação do Henry e a ligação do nome dele ao escândalo do Mensalão poder ‘queimar’ os demais membros da sigla numa eventual disputa na campanha de 2014, Ezequiel afirma que não acredita nisso.

“Existem dois lados disso. O Primeiro que ele foi um dos melhores deputados federais de Mato Grosso, com atuação em todos os municípios. Em especial na região dele, ele tem muitos adeptos, muito serviços prestado, que com certeza é um ponto forte. O outro lado é que tem esse processo, que ainda não acabou e nós acreditamos ainda que ele será absolvido”, disse.

O deputado federal Pedro Henry (PP) recorreu da condenação na Ação Penal 470, o processo do mensalão, pedindo o afastamento do relator do processo, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa. Henry foi condenado a sete anos e dois meses de prisão, além de multa de mais de R$ 900 mil, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
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