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“Queimei 50 toneladas em medicamentos e ninguém falou nada”, diz Henry em crítica à imprensa

Da Reportagem Local - Rodrigo Maciel Meloni/ Da Redação - Jardel P. Arruda

O deputado federal Pedro Henry (PP) afirmou que a saúde pública em Mato Grosso é discutida com pouca profundidade porque a imprensa dá foco errado ao tema, superestimando pequenos problemas e se calando sobre fatos mais graves como a falta de repasses para diversas unidades de saúde do Estado.

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“Três milhões em medicamentos incinerados não é nada. Eu mesmo queimei 50 toneladas e ninguém falou nada”, disse o parlamentar, durante o evento em que deixou a presidência regional do Partido Progressista devido a condenação judicial na ação 470, o escândalo do mensalão, que o impedirá de se candidatar nas próximas eleições, para se dedicar aos bastidores da política.

De acordo com ele, a administração do dinheiro público para saúde é vergonhosa e grave, mas a imprensa pouco fala por ser condescendente com o governo. Segundo Henry, várias unidades de saúde administradas por Organizações Sociais de Saúde sofrem com a falta de repasse e pouco se fala no assunto.

“Lamentável o descaso com o dinheiro publico da saúde. É enorme”, disse. “E cadê o esclarecimento da imprensa? Não há interesse da imprensa em divulgar certas informações”, continuou, visivelmente irritado com o a forma com que a cobertura sobre a saúde pública é feita em Mato Grosso.

O deputado Pedro Henry foi alvo de muitas críticas por ter sido o responsável por implantar o sistema de gestão de saúde através de Organizações Sociais. O modelo é duramente criticado por servidores públicos e movimentos sindicais, além de ter sido considerado mais caro aos cofres públicos por um relatório feito pelo Tribunal de Contas do Estado.
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