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Adolescente é feita refém por 2 horas durante assalto em Guarujá, SP

G1

  Um adolescente de 16 anos foi feita refém por mais de duas horas durante um assalto em Guarujá, no litoral de São Paulo. O crime aconteceu na tarde de segunda-feira (12), e a jovem estava dormindo quando foi surpreendida pelos criminosos. Até o momento ninguém foi preso.

Os assaltantes invadiram uma casa no Jardim Enseada, no início da tarde de segunda-feira. O grupo entrou na casa pela parte de cima, e assustaram uma jovem de 16 anos que estava dormindo. “Eu escutei forçarem a janela do meu quarto. Quando eu levantei eu olhei para ver o que era, e entraram muitos rapazes encapuzados, com arma. Eu deitei novamente, me cobri, e eles vieram, colocaram a arma na minha cabeça”, explica a vítima que não quis se identificar.

Os assaltantes entraram pela parte de cima da casa, depois de invadir o imóvel do vizinho que mora em São Paulo. Por mais de duas horas, a jovem foi feita refém, na parte de cima da casa. Neste tempo, os assaltantes reviraram armários, gavetas e tiraram duas TVs da parede. “Medo, muito medo. Eu comecei a chorar muito e eles falaram que se eu chorasse eles iam me matar. Eu pedi para Deus me guardar, porque é muito duro um cara com a arma na sua cabeça e você não poder fazer nada”, lembra a adoslecente.

Em seguida, eles entraram na parte debaixo da residência, onde mora a avó da jovem. Os criminosos também reviraram tudo e conseguiram pegar joias e dinheiro. Durante a segunda parte do crime, a adolescente, a avó e o tio da jovem foram obrigados a ficar em um banheiro. Os bandidos conseguiram levar dois computadores. “A bandidagem está aí à vontade, entrando nas nossas casas. É um absurdo, realmente a gente não aguenta mais o abandono dessa cidade”, diz outra vítima que também não quis se identificar.

Muitos moradores do bairro contam que nos últimos meses o bairro está mais violento. Uma mulher, que não quis se identificar, conta que em menos de um ano já foi assaltada quatro vezes. “Na primeira vez eles entraram pelo portão e me pegou lá no fundo da minha casa. Na segunda vez, minha filha estava saindo 8h45 da manhã para ir trabalhar. Na semana seguinte, eles tentaram pular o muro da frente da minha casa, e eu levantei o muro. Uma semana depois assaltaram meu filho chegando do serviço”, conta.

Com medo de novos assaltos, muitas casas do bairro estão com muros mais altos. Os moradores ficam com medo também das casas de veraneio, que a maior parte do ano ficam fechadas, e podem servir como esconderijo para os criminosos. Além disso, em várias partes, a vegetação tomou conta do terreno, e as ruas de terra obrigam os motoristas a diminuir a velocidade.

Outra reclamação dos moradores é quanto a falta de iluminação nas ruas, e o pouco número de policiais no local. A 5ª CIA, responsável pela área, atende ocorrências desde a praia da Enseada até a balsa que atravessa para a cidade de Bertioga, cerca de 20 quilômetros de extensão. “Eu morro de medo, tenho muito medo. Nós aqui estamos abandonados e temos que pedir proteção para Deus, que é a única pessoa que pode olhar por todos nós”, explica outra moradora do bairro.

Em nota, a Polícia Militar disse que o policiamento é feito na região de acordo com as práticas adotadas em todo o Estado, e que o plano de monitoramento é feito de acordo com o número de boletins de ocorrência. A nota pede ainda que a população registre os casos de crime, principalmente os de assalto.
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