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Apenas quatro maternidades fazem atendimento pelo SUS em São Luís

G1

  Maternidades públicas de São Luís não têm leitos suficientes para atender a demanda de mulheres grávidas na capital. Em junho, uma jovem deu à luz na porta de uma maternidade. O Ministério Público vai investigar se houve negligência e omissão de socorro, e pediu à polícia a abertura de inquérito para apuração de responsabilidades.

No Hospital Materno-Infantil, referência em gestações de alto risco, são realizados somente partos de alta complexidade. Na Maternidade Maria do Amparo, no bairro do Anil, são realizados apenas partos normais.

A Maternidade Marly Sarney, na Cohab, e a Maternidade Benedito Leite, no centro da cidade, são as duas unidades que mais realizam partos em São Luís. A Benedito Leite está em refoma e os atendimentos foram transferidos para a Santa Casa.

Atualmente, na capital, as grávidas podem contar com essas quatro maternidades que fazem atendimento pelo Sistema Único de Saúde. O problema é que os leitos destinados às mulheres em trabalho de parto e após o parto não são suficientes para a demanda de grávidas da cidade.

O caso da adolescente de 16 anos, que teve o filho diante do portão fechado da Maternidade Maria do Amparo, com a ajuda da técnica de enfemagem, deixou com medo as mulheres que estão fazendo pré-natal.

"Eu tenho de chegar aqui em um sábado e que passe do dia certo do meu filho nascer e ele ter algum tipo de sequela", disse Alcivanda Silva, comerciante.

O Ministério Público Estadual investiga se houve negligência ou omissão de socorro no caso da adolescente. "Com certeza a política pública não foi eficiente, a oferta de forma insuficiente já acarreta responsabilidade por parte do poder público. Nós precisamos identificar os culpados para que não haja repetição", afirmou o promotor de Justiça, Márcio Thadeu Marques.

Uma lei federal de 2007 determina que toda gestante assistida pelo SUS tem direito de saber previamente em qual maternidade será realizado o parto.
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