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Exames preliminares descartam gripe suína em americano morto no RS, diz governo

Folha Online

A Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul informou, no final da tarde deste sábado, que exames preliminares indicam não haver evidências de que o engenheiro americano morto em Montenegro (RS) estivesse com gripe suína --a chamada gripe A (H1N1). Entretanto, os resultados dos exames oficiais só devem ficar prontos neste domingo (28).

De acordo com a secretaria, o quadro clínico e a coleta de material indicam que ele tenha morrido em decorrência um problema bacteriano, e não do vírus da Influenza A (H1N1).

"Foram feitos todos os exames necessários, como aspiração naso-faringeo e tecido dos pulmões. Tudo indica um problema bacteriano e não viral, o que descartaria a Influenza A (H1N1)", afirmou o secretário de Saúde do Estado, Osmar Terra, em entrevista concedida hoje.

Segundo nota emitida pela pasta, ele morreu na noite de sexta-feira (26) depois de entrar em coma. O engenheiro mecânico de 59 anos chegou a trabalho no Estado no dia 21 e foi internado no hospital de Montenegro na última quarta-feira (24).

Ele apresentou quadro de febre, era diabético e tinha hipertensão. Um funcionário do hospital em que ele ficou internado e que não quis se identificar disse que o engenheiro apresentava sintomas relativos à gripe suína. A informação não foi confirmada pela assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Saúde.

Caso seja confirmada a contaminação por gripe-suína, esta seria a primeira morte causada pelo vírus registrada no Brasil. De acordo com nota divulgada hoje pela Ministério da Saúde, o país já tem 591 casos da gripe confirmados.

Sintomas

O vírus influenza A, H1N1, é transmitido entre humanos e causa a gripe suína, que tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, como febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.

Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e examinadas em laboratório. Os antigripais Tamiflu e Relenza, já utilizados contra a gripe aviária, são eficazes contra o vírus H1N1, segundo testes laboratoriais.
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