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Brasileiro que treinou Júlio César na base prepara goleiros da África do Sul

Globo Esporte

Alexandre Revoredo espera uma boa sequência com a África do Sul até a Copa do Mundo Treinar goleiros não é uma especialidade da África do Sul. Na posição, o trabalho de base ainda precisa evoluir. A estrutura apoiada no trabalho de fisiologistas, preparadores, fisioterapeutas é bem diferente à realidade vivenciada do outro lado do Atlântico, no Brasil, para sermos mais específicos. Apesar de essa organização ainda estar tateando, a Copa das Confederações está servindo (e muito) para mostrar que é uma parte importante do treinamento a se preocupar.

- Há uma carência grande em goleiros preparados. É um trabalho complementar que não pode ser deixado de lado - fala o brasileiro Alexandre Revoredo, há um mês com a seleção da África do Sul.

O profissional diz que o maior desafio é fazer com que os jogadores acreditem no trabalho, já que a posição dele não é tão comum nos campos da África do Sul.
- Eles são adultos e acham que já sabem de tudo, mas ainda faltam detalhes”, fala sobre os Bafana após o treino deste sábado, véspera do jogo contra a Espanha.

Quem tem a responsabilidade de impedir o gol precisa estar adiantado, mas o suficiente para não perder a oportunidade e deixar a bola entrar, em vez de agarrar. Por isso, o brasileiro insiste nos posicionamentos na hora do treino.

- Repetimos muitas cobranças de falta, escanteio, pênaltis para corrigir a ansiedade e melhorar a colocação na hora de um chute - fala o treinador que passou por clubes como América, Friburguense e Portuguesa.

Sobre Itumeleng Khune, o goleiro que arranca aplausos e faz a torcida vibrar com as boas defesas, Alexandre faz elogios lembrando que ele teve um desempenho muito bom durante todos os jogos. Khune compreendeu perfeitamente o pilar exposto por ele: força, técnica e agilidade.

- Ele é muito ágil. Jogou em jogos extremamente difíceis e fez ótimas defesas - reconhece, destacando que assim como Khune, os outros dois goleiros em treinamento estão muito seguros para barrar o gol da Espanha.

Há um ano na África do Sul (pela segunda vez), o brasileiro treina os goleiros do Golden Arrows (time de Durban) aprimorando a técnica de seus aprendizes com intensidade. Alexandre já havia passado pelo país de Mandela no início de 2007, convidado pelo técnico Júlio César Leal, que faturou a Copa Nedbank no Moroka Swallows.

- Vim para trabalhar no Amazulu. Depois, segui para o Qatar até retornar ao país da próxima Copa - descreve a trajetória recente.

Como treinador de goleiros, a primeira experiência foi no Flamengo, em 1992. Adivinha com quem? Julio César, o adversário da quinta-feira.

- Conheço o Julio César desde criança. Ele é um goleiro excelente que eu acompanhei durante muitos anos. Foi ele que tirou o nosso gol - lembra.

Apesar das dificuldades, Alexandre, que faturou a Copa de 97 com a seleção brasileira sub-17 e a Copa de 2003 com a sub-20, reconhece o resultado positivo do trabalho.

- O avanço está sendo reconhecido. Agora, vamos dar continuidade a essa preparação até a Copa do Mundo.
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