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O Botafogo tem a força que poucos times mostraram

SRZD

Mais uma noite no Maracanã. E mais uma partida sensacional. A vitória por 4 a 2 sobre o Atlético-MG, ontem à noite, coloca o Botafogo com boas condições de avançar às quartas-de-final da Copa do Brasil, já que poderá até perder por um gol de diferença em BH, na semana que vem. A maratona de jogos continua e cercando a peleja no Independência teremos dois encontros duros no Brasileiro, diante de Atlético-PR, fora, e São Paulo, em casa.

O Botafogo mostrou duas coisas mais uma vez: a primeira, é que não é dependente de Seedorf. O craque não pode atuar, poupado, e o time jogou bem, assim como acontecera diante do mesmo Atlético-MG, no dia 7. A segunda coisa é que o elenco parece ser mais forte do que a maioria esmagadora da imprensa tenta mostrar. Renato segue sendo reserva de Marcelo Mattos e Gabriel e Antônio Carlos, que era suplente, saiu para ser titular no São Paulo, considerado por muitos um timaço (!!!). Mesmo sem Seedorf, e Elias, o principal reserva que já jogou pelo Resende na Copa do Brasil, a equipe mostrou mais uma vez um futebol digno das tradições do clube.

Salários, atrasados, problemas de relacionamento, 'elenco curto' são os temas que têm ocupado as páginas dos jornais. Seria melhor exaltar a forma espetacular de alguns jogadores e a perfeita comunhão entre time e torcida.

Vamos às notas do jogo:

Jefferson: Boas defesas, boas saídas de gol. Só não está bem na reposição, com a bola rolando e parada. Nota 7.

Gilberto: Sofreu com Fernandinho no primeiro tempo, quando chegou a receber um cartão amarelo. O atleticano cansou e o lateral teve como avançar ao ataque. Nota 6.

Bolívar: Seriedade e liderança. Bem nas bolas altas e nas rasteiras. Nota 6,5.

Dória: Muito bem também. Não é fácil atuar diante de um ataque que tem Jô e depois Alecssandro. Nota 7.

Júlio César: Bobeou no lance do primeiro gol do Galo: chegou atrasado e não obstruiu a arrancada de Luan. Teve altos e baixos na etapa final. Nota 5,5.

Marcelo Mattos: Também bobeou no contra-ataque do primeiro gol do adversário, em que poderia ter deixado Ronaldinho impedido. Na marcação, esteve bem, assim como na saída de bola. Recebeu o terceiro cartão e não joga em BH. Nota 6,5.

Gabriel: Muito bem no combate e dando opções como jogador-surpresa no ataque. Cochilou no lance do segundo gol do Galo e não alcançou Guilherme no pique. Nota 6,5.

Lodeiro: Se desdobrou para ajudar na marcação e teve participação decisiva no ataque, fazendo um golaço e cruzando para Leonardo Silva fazer contra. Nota 7,5.

Rafael Marques: Quase sempre foi muito bom defensivamente nas bolas paradas. Só em uma jogada não acompanhou Réver e o zagueiro concluiu sozinho, por cima. Marcou o terceiro gol e ajudou nas tramas ofensivas. Nota 7.

Vitinho: Começou a jogada do primeiro gol, de Lodeiro, e quase marcou o segundo na sequência, com chute rasteiro rente à trave. No segundo tempo, arrebentou: deu o lançamento para Lodeiro cruzar a bola do segundo gol, tabelou com Alex na jogada do terceiro e fuzilou Victor para assinalar o quarto. Está jogando demais. Nota 9. Saiu para a entrada de Lucas Zen quase no final. O volante tem entrado sempre e o time tem sempre levado um gol. Sem nota.

Alex: Ainda fora de ritmo, por ter ficado muito tempo sem jogar, foi bem. Deu o toquinho para Lodeiro fazer o primeiro gol e participou da articulação do terceiro, de Rafael Marques. Já é opção importante no ataque. Nota 6,5. Saiu para a entrada de Henrique, que teve o mérito de roubar de Pierre a bola do gol de Vitinho. Pouco depois, participou de um contra-ataque que poderia ter matado o confronto, mas ao invés de rolar para Lodeiro, tentou o drible e perdeu a bola. Nota 6.

Oswaldo de Oliveira: O time estava mal posicionado ao levar o contra-ataque do primeiro gol atleticano, mas isso também é mérito do adversário. Mais uma vez fez uma alteração no final, colocando um jogador defensivo e tirando um do ataque e mais uma vez saiu um gol adversário. Trocou Alex por Henrique e este participou do quarto gol. É inegável que a equipe está bem treinada, mesclando a experiência de jogadores como Jefferson, Bolívar, Júlio César, Marcelo Mattos e Seedorf e a juventude de Gilberto, Dória, Gabriel e Vitinho. Nota 7.

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