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Rio recebe o Mundial de Judô em clima olímpico

AFP

 O Rio de Janeiro recebe a partir desta segunda-feira o Mundial de Judô, seis anos depois de ter sediado a competição em 2007 e três anos antes dos Jogos Olímpicos de 2016.

As lutas serão disputadas no tatame do Maracanãzinho, ao lado do templo do futebol brasileiro, que receberá em 2014 a final da Copa do Mundo, outro grande evento organizado pelo país.

Em 2016, o palco das competições de judô será outro. O Maracanãzinho receberá o torneio de vôlei, enquanto o tatame será instalado em um dos pavilhões do novo Parque Olímpico que está sendo erguido na Barra da Tijuca, na zona oeste da cidade.

Mesmo assim, já será possível entrar no clima dos Jogos, já que o Mundial adotou um formato semelhante ao do programa olímpico, com uma semana inteira de competição e duas categorias por dia (uma feminina e uma masculina), exceto sexta-feira e sábado, quando três categorias serão disputadas.

O domingo ficará por conta das provas por equipe, que não são disputadas nas Olimpíadas.

Outra diferança: no Mundial, é possível ter dois atletas por categoria, o que é o caso do Brasil nos pesos até 52 kg e até 57 kg no feminino e até 66 kg e até 100 kg no masculino.

Para seu segundo Mundial 'em casa' em seis anos, o país espera brilhar como em 2007, quando foram conquistadas três medalhas de ouro (com Tiago Camilo, João Derly e Luciano Corrêa) e uma de bronze (Joao Gabriel Schlittler).

Apenas Luciano Corrêa disputará mais um título na Cidade Maravilhosa, na categoria até 100 kg, já que Tiago Camilo foi cortado de última hora por ter sofrido uma luxação no ombro durante um treino faltando poucos dias para o começo da competição.

Se a Confederação de Judô está ciente de que será difícil superar a edição de 2007 em termos de qualidade (a meta de Ney Wilson, gestor de alto rendimento da CBJ, é a conquista de um título mundial), em termos de quantidade, o objetivo é superar o Mundial de Paris-2011, quando cinco medalhas foram conquistadas, mas nenhuma de ouro.

Os judocas brasileiros vêm embalados com o ótimo desempenho nos Jogos Olímpicos de Londres, quando foi conquistado o primeiro título olímpico da história do país no feminino com Sarah Menezes, além de três medalhas de bronze com Mayra Aguiar, Rafael Silva e Felipe Kitadai.

Dos 18 atletas que representam o país, 11 já disputaram olimpíadas e cinco lideram o ranking atual das suas categorias. São eles Victor Penalber (81 kg), Rafael Silva (+100 kg), Sarah Menezes (48 kg), Mayra Aguiar (78 kg) e Maria Suelen Altheman (+78 kg).

A primeira grande chance de medalha será justamente com Sarah na segunda-feira, primeiro dia de competição.

"Competir no Rio vai ser muito especial. Com o apoio da torcida, ganhamos confiança para nos soltar mais na competição. Como os Jogos também vão ser aqui, a gente já se vê no pódio olímpico", contou a judoca piauiense à AFP.

Na categoria pesos pesados, acima de 100 kg, Rafael Silva, o 'Baby', terá como principal rival o francês Teddy Riner, maior estrela do judô atual, que busca seu sexto título mundial seguido, após ter justamente conquistado o primeiro no Rio em 2007.

Riner, de 24 anos, teve a sua preparação atrapalhada por lesões e, por isso, deixou a liderança do ranking com o brasileiro, mas já declarou recentemente que estava "faminto" por mais uma medalha de ouro, um ano depois de ter conquistado o título olímpico em Londres.

A França terá outros representantes de peso, como Lucie Decosse, atual campeã olímpica e bicampeã mundial da categoria até 70 kg, onde luta a brasileira Maria Portela. A francesa de 32 já anunciou que esta será sua última competição.

O alemão Andreas Toelzer, dono de duas medalhas de prata em mundiais e de um bronze olímpico em Londres-2012 na categoria até 100 kg, também se despedirá do esporte no Rio.

O Japão, terra natal do judô, chega à Cidade Maravilhosa em meio a escândalos de corrupção na sua federação e espera se redimir de um desempenho decepcionante nos Jogos Olímpicos de Londres, quando terminou apenas em quarto lugar do quadro de medalhas.

A China, por sua vez, viajou sem suas principais atletas no feminino.
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