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Indicado por Dilma para substituir Patriota chega a Brasília

G1

  Indicado pela presidente Dilma Rousseff para substituir Antonio Patriota no comando do Ministério de Relações Exteriores, o embaixador Luiz Alberto Figueiredo chegou ao aeroporto de Brasília na tarde desta terça-feira (27). De acordo com o Itamaraty, Figueiredo quer conversar com Dilma antes de se pronunciar publicamente.

Ele estava em Nova York, onde representa o Brasil nas Nações Unidas, quando recebeu desta segunda (26) telefonema da presidente com o convite para que assumir o ministério. Ainda não há uma data prevista para a posse, mas a cerimônia deve ocorrer ainda nesta semana.

O motivo da demissão de Patriota foi o episódio do senador boliviano Roger Pinto Molina, que estava asilado havia um ano na embaixada brasileira em La Paz e foi trazido para o Brasil em um carro oficial brasileiro, embora não tivesse autorização do governo boliviano para deixar o país.

O fato de o governo brasileiro ter sido surpreendido pela chegada do senador contrariou a presidente Dilma Rousseff. A presidente e Patriota só teriam sido informados da fuga quando o boliviano alcançou território brasileiro. Por isso, Dilma decidiu fazer uma troca- indicou Patriota para ocupar o cargo de embaixador do Brasil na ONY, e indicou Figueiredo para a função de chanceler.

Nesta terça (27), após evento do no Senado, Dilma afirmou que o Brasil "jamais" poderia ter colocado em risco a segurança do senador boliviano Roger Pinto Molina e criticou a operação que o retirou da embaixada brasileira em La Paz.

Para a presidente, a ação de fuga do senador com auxílio da embaixada brasileira colocou em risco a vida do parlamentar, o que, segundo ela, é "inaceitável".

Molina foi retirado da embaixada em carro oficial brasileiro, viajou 22 horas até Corumbá (MS), de onde embarcou em um jatinho para Brasília. A operação foi organizada pelo encarregado de negócios da embaixada, o diplomata Eduardo Saboia, sem autorização do governo boliviano.

Saboia justificou a operação dizendo que foi um ato de proteção ao senador porque, segundo ele, Molina estava em depressão profunda e em condições subumanas na sede da embaixada. Um comissão vai apurar as circunstâncias da operação.

“Um país civilizado e democrático protege os seus asilados, sobre os quais ele tem que garantir a segurança, sobretudo, em relação à sua integridade física. O Brasil jamais poderia aceitar em momento algum, sem salvo-conduto do governo boliviano, não poderia colocar em risco a vida de uma pessoa que estava sob sua guarda”, afirmou Dilma.
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