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Agente é presa suspeita de vender armas da Polícia Civil, em Macapá

G1

  A Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP) prendeu na manhã desta quinta-feira (27) uma policial civil suspeita de vender armas da própria corporação. A servidora foi abordada enquanto trabalhava no Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) do Novo Horizonte, Zona Norte de Macapá.

A prisão aconteceu após a polícia ter capturado, em 19 de agosto, uma pessoa suspeita de cometer assaltos usando uma arma calibre ponto 40, que estava sob a cautela da agente presa.

“Fizemos uma busca na casa desse bandido e encontramos a arma dela sem a numeração raspada. Ele acabou admitindo que a servidora havia vendido a arma, pagando R$ 1,5 mil”, declarou o titular da DCCP, Glemerson Arandes.
De acordo com Arandes, a agente teria justificado o fato alegando que a arma foi roubada após ela deixar a porta do carro aberta, momentos antes de entrar em uma agência bancária.

“É inadmissível que uma servidora com 19 anos de polícia não tenha nem registrado ocorrência. Perguntada sobre os registros bancários feitos neste dia, ela disse que esqueceu o que havia feito no banco, tentando inventar um hálibe”, contou, referindo-se ao depoimento da suspeita.

O delegado informou que a prisão preventiva foi reforçada com base em outros desaparecimentos de armas que também estavam sob a cautela da policial civil. O primeiro caso de envolvimento da agente com sumiços de armas ocorreu em 2002.

“Em 2012, mais quatro armas do Ciosp do Novo Horizonte sumiram de um armário que apenas ela tinha a chave.
Isso virou um costume para essa servidora porque muita gente na polícia não fazia questão de investigar. Mas agora juntamos todos esses indícios e pedimos a prisão preventiva dela”, frisou. O número de casos em que a agente estaria envolvida não foi revelado pela polícia.

Segundo o delegado, a suspeita vai ser enquadrada pelos crimes de fraude processual, destruição de documentos, peculato e porte ilegal de armas de uso restrito. Após prestar depoimento, ela foi encaminhada ao Centro de Custódia do bairro Zerão, Zona Sul da capital, onde vai aguardar por julgamento.
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