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Ibama do Piauí investiga queimada que causou apagão no Nordeste

Terra

  O superintendente do Ibama no Piauí, Manoel Borges Castro, informou nesta quinta-feira que enviou peritos ao município de Canto do Buriti ( a 405 km de Teresina) para investigar as causas da queimada que teria provocado o apagão no Nordeste.

Ontem, durante entrevista no Rio de Janeiro, o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, informou que o blecaute, que deixou o Nordeste às escuras por cerca de uma hora e meia, foi provocado por uma queimada na Fazenda Santa Clara, na cidade de Canto do Buriti, no Piauí.

Manoel Borges disse que o laudo do Ibama ajudará a esclarecer a queimada e suas consequências para a rede elétrica. “Estamos com peritos na área para apurar o fato. Somente com o laudo podemos vincular a queimada com o apagão”, disse o superintendente do Piauí.

Ele ressalta que o incêndio na fazenda Santa Clara, ocorrida nesta quarta-feira, foi de pequena proporção e debelado a tempo. “A queimada foi de tão pequena proporção que não chegou a ser registrada no satélite NOA, que identifica os pontos de fogos no Estado”, disse Manoel Borges.

O laudo deverá sair no prazo máximo de 30 dias. Segundo o superintendente, devido o período de seca, o Piauí registra aumento de queimadas neste período. De janeiro até agosto foram registrados mais de 1.700 focos de incêndio no Estado.

Local da queimada
A fazenda Santa Clara foi inaugurada em 2003, e propagada pelo governo federal como o eldorado para a produção da biodiesel por meio da mamona. Dez anos depois, o projeto virou um fiasco, abandonada pela Brasil Eco Diesel está sendo administrada pela empresa Vanguarda.

O prefeito de Canto do Buriti, Marcos Nunes Chaves (DEM), informou que o projeto do biodiesel foi substituído por produção de milho e arroz, através da agricultura familiar.

“O que fiquei sabendo é que a empresa (Vanguarda) estaria saindo do projeto e o Incra iria assumir para implantar assentamentos. A prefeitura ainda não foi oficializada sobre isso”, informou o prefeito.

No local, existem mais de 300 famílias que moram em regime de assentamento.
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